15 de agosto de 2011 • 13h25 • atualizado às 15h29
- Comentários
- 996
Movimento Rio de Paz protesta contra a morte da juíza Patrícia Acioli, em frente ao fórum de São Gonçalo
Foto: Tasso Marcelo/Agência Estado
Foto: Tasso Marcelo/Agência Estado
O assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, morta na última quinta-feira em Piratininga, região oceânica de Niterói (RJ), teria sido comemorado por policiais com um churrasco em São Gonçalo. A afirmação foi feita por Humberto Nascimento, primo da magistrada, durante protesto realizado no início da tarde desta segunda-feira por amigos e parentes da vítima em frente à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
Humberto ainda criticou a postura do governo do Rio, que descartou a colaboração do Polícia Federal (PF) no caso. "Isso é uma decisão do governador, não podemos fazer nada a respeito. Queríamos a presença da PF pelo menos como observadora. Qualquer ajuda é bem-vinda. Se o governador decidiu assim, ele terá que dar uma resposta rápida", afirmou. Cerca de 50 pessoas se amordaçaram em frente à 4ª Vara Criminal com panos pretos e jogaram rosas com uma faixa com os dizeres: "Quem silenciou a voz da Justiça?"
Uma cruz que foi retirada neste domingo da Praia de Icaraí, zona sul de Niterói, vai ser recolocada no mesmo lugar, a pedido da população do município, que cobra uma solução para o caso. O Disque-Denúncia recebeu 72 ligações sobre o asassinato da juíza até a manhã de hoje. Segundo nota divulgada pelo serviço, todas as informações estão sendo encaminhadas diretamente para a Delegacia de Homicídios da capital, que investiga o crime. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.
Juíza linha dura
Segundo o primo da juíza, ela tinha o perfil "linha dura". "Ela era considerada 'martelo pesado', sempre com condenações em pena máxima. Ela condenou gente ligada à máfia do óleo, máfia das vans, milícia de São Gonçalo e policiais envolvidos com desvio, corrupção e tráfico de drogas. Há cerca de quatro anos, ela teve a segurança retirada por ordem do presidente do Tribunal de Justiça do Rio da época", afirmou Nascimento.
Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
Humberto ainda criticou a postura do governo do Rio, que descartou a colaboração do Polícia Federal (PF) no caso. "Isso é uma decisão do governador, não podemos fazer nada a respeito. Queríamos a presença da PF pelo menos como observadora. Qualquer ajuda é bem-vinda. Se o governador decidiu assim, ele terá que dar uma resposta rápida", afirmou. Cerca de 50 pessoas se amordaçaram em frente à 4ª Vara Criminal com panos pretos e jogaram rosas com uma faixa com os dizeres: "Quem silenciou a voz da Justiça?"
Uma cruz que foi retirada neste domingo da Praia de Icaraí, zona sul de Niterói, vai ser recolocada no mesmo lugar, a pedido da população do município, que cobra uma solução para o caso. O Disque-Denúncia recebeu 72 ligações sobre o asassinato da juíza até a manhã de hoje. Segundo nota divulgada pelo serviço, todas as informações estão sendo encaminhadas diretamente para a Delegacia de Homicídios da capital, que investiga o crime. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.
Juíza linha dura
Segundo o primo da juíza, ela tinha o perfil "linha dura". "Ela era considerada 'martelo pesado', sempre com condenações em pena máxima. Ela condenou gente ligada à máfia do óleo, máfia das vans, milícia de São Gonçalo e policiais envolvidos com desvio, corrupção e tráfico de drogas. Há cerca de quatro anos, ela teve a segurança retirada por ordem do presidente do Tribunal de Justiça do Rio da época", afirmou Nascimento.
Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
- O Dia - © Copyright Editora O Dia S.A. - Para reprodução deste conteúdo, contate a Agência O Dia.
- Rio: Disque-Denúncia recebe 72 ligações sobre juíza morta
- Seis PMs são presos com ordem de juíza assassinada no Rio
- Jornal: máfia das vans planejava morte da juíza assassinada
- Parentes da juíza assassinada em Niterói querem proteção
- Mãe que denunciou PMs a juíza morta diz se sentir insegura
- Magistrados pedem força-tarefa sobre assassinato de juíza
- Sobe para 64 número de denúncias sobre morte de juíza no RJ
- Assassinos de juíza não tiveram pressa, dizem testemunhas
- Juíza morta foi agredida duas vezes pelo namorado, diz jornal
- Siga Terra Notícias no Twitter
Nenhum comentário:
Postar um comentário