PM prende 4 policiais envolvidos nas mortes no Aglomerado da Serra Eles foram levados para unidades de prisão da PM, em BH. Um adolescente e um homem morreram no sábado (19). Do G1 MG imprimir A Polícia Militar (PM) informou na tarde desta quarta-feira (23) que os quatro policiais militares envolvidos na morte de Jéferson Coelho da Silva, de 17 anos, e Renilson Veriano da Silva, de 39, foram presos e levados para unidades de prisão da PM em Belo Horizonte. As prisões foram feitas durante a madrugada desta quarta-feira (23). Eles são suspeitos de matar as vítimas, na madrugada do último sábado (19), no Aglomerado da Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a PM, cerca de 20 pessoas estariam vestidas com fardas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) no sábado, no Aglomerado da Serra e, com a chegada da PM, teria começado um tiroteio. A população do aglomerado contesta a versão policial e disse que não houve troca de tiros, mas sim, que os disparos teriam sido feitos apenas pelos policiais. De acordo com o corregedor da PM, coronel Herbert Fernandes Souto Silva, a prova da materialidade e os indícios são suficientes para pedir a prisão dos acusados. Silva disse que não poderia detalhar o inquérito porque é sigiloso, mas disse que a Justiça se embasou na garantia da ordem pública e na segurança para aplicar a lei penal e a manutenção da hierarquia militar. Segundo o corregedor, os policiais alegaram que estavam se deslocando do Aglomerado da Serra e foram surpreendidos com uma troca de tiros. Todos os policiam envolvidos na ocorrência são da Rotam e têm de quatro a 17 anos de corporação. Silva disse, ainda, que o fato é isolado e não dá para generalizar. A taxa de reclamação sobre a atuação do batalhão em 2009 foi de 0,029% das ocorrências atendidas, de acordo com Silva. De acordo com o corregedor, não há indícios de que os PMs tenham participação em milícias e salientou que qualquer morador pode fazer reclamações na Corregedoria ou por meio do 181. Ainda segundo ele, todas as reclamações divulgadas pela imprensa foram avaliadas pela PM. O tenente-coronel Alberto Luiz falou, durante a entrevista coletiva, que as provas dos fatos demonstram a contradição da versão apresentada pelos PMs, mas que não pode dar detalhes para não prejudicar as investigações. Luiz disse também que as armas apreendidas, fuzil e pistola calibre .40, e estão à disposição da perícia e da PM. A Corregedoria da Polícia Militar pediu a prisão preventiva dos policiais, mas não há prazo determinado. A permanência na prisão depende do juiz auditor da PM. O tenente-coronel Rinaldo de Azevedo, encarregado que presidiu o inquérito policial, disse que a prisão dos policiais foi baseada na prova dos fatos, no indício da autoria, provas testemunhais e materiais. A PM disse, ainda, que os nomes e o histórico dos suspeitos não podem ser divulgados em cumprimento ao Código Penal Militar.
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