Tenente-coronel Evanilson de Souza, que é negro, foi chamado de macaco em chat do aplicativo usado para transmissão da palestra
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Um policial militar foi vítima de ataques racistas durante uma conferência virtual na terça-feira (9) no Curso de Segurança Multidimensional das Fronteiras, organizado pelo Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP).
No chat do aplicativo usado para a transmissão das imagens, o tenente-coronel Evanilson de Souza, que é negro, foi chamado de “macaco” em uma imagem com outras ofensas raciais e sexuais.
As ofensas foram apagadas, mas voltaram a ser exibidas por participantes do curso. Em razão do ataque cibernético, a palestra do tenente-coronel foi interrompida.
Souza é membro do grupo que revista o Manual de Direitos Humanos da PM de São Paulo e foi convidado pela organização do curso para expor o programa de combate ao racismo dentro da corporação.
Em nota publicada em sua conta no Facebook, a Polícia Militar de São Paulo afirmou “repudiar veementemente os ataques com ofensas raciais e mensagens de ódio praticadas contra o Tenente Coronel PMESP Evanilson de Souza”
“A Polícia Militar se solidariza à vítima e reforça sua posição contra toda forma de discriminação étnico-racial e na missão perene de promover os Direitos Humanos no estado. Se você for vítima de racismo ou conhecer alguém que seja, não fique calado. Disque 190 e denuncie. Racismo é crime”, diz texto.
A CNN entrou em contato com a USP sobre o caso, mas ainda não obteve retorno.
(Com informações de Giovanna Bronze, da CNN, em São Paulo)
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