Há bastante tempo, o Ministério Público do Rio de Janeiro segue o rastro da ligação entre o comando do jogo do bicho e policiais civis e militares. Em fevereiro, uma operação revelou áudios que tratavam da redução do valor da propina paga ao grupo de agentes de segurança que protegeria as atividades do contraventor Rogério de Andrade. Esta semana, outra ação foi além. Um delegado, Marcos Cipriano, e uma delegada, Adriana Belém, foram presos. Com ela, quase R$ 2 milhões foram apreendidos. Ao todo, na terça-feira, 119 mandados de busca e apreensão foram expedidos e outros 29 mandados de prisão. Entre eles, a Justiça determinou a prisão de Ronnie Lessa, o matador de aluguel denunciado e que já está preso pela execução da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, em março de 2018. Lessa, segundo as investigações, não era apenas mais um na organização. Era sócio do chefe do jogo do bicho. Resta ao Ministério Público descobrir se esse elo aproxima ou não Rogério de Andrade do assassinato da vereadora. No Ao Ponto desta quinta-feira, o repórter Rafael Soares, que também apresenta o podcast "Pistoleiros", conta até onde vão os laços entre Ronnie Lessa e o homem apontado pelo MP como o maior bicheiro em atividade no estado. Ele também explica de que forma essa operação joga luz sobre o caso Marielle e o quanto releva sobre o envolvimento de agentes de segurança com a estrutura do jogo do bicho.
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