Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Militar da FAB faz post sugerindo a morte de Lula; VEJA

 O membro da Força Aérea Brasileira revelou que se arrependeu

Vitória Tedeschi Publicado em 28/06/2023, às 15h26

Na tarde desta quarta-feira (28) veio à tona uma publicação do tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), Igor Rocha, em que ele sugeriu a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

A publicação, que foi feita em sua conta do Twitter, foi revelada pelo blog da jornalista Andreia Sadi, do G1,e viralizou nas redes sociais (veja mais abaixo).

Ao blog em questão, Igor confirmou que realmente fez a publicação, mas disse se tratar de uma

Isso foi um erro, a gente erra, comete besteiras. Eu não sou ninguém na fila do pão, quem sou eu para mudar alguma coisa. Isso é passado, não tem nada a ver", disse ele.

O post foi feito pelo militar, que faz parte da assessoria de comunicação da FAB, em Brasília, em seu perfil pessoal do Twitter no dia 1° de janeiro deste ano, data de posse de Lula. O post, assim como a conta, já não estão mais disponíveis.

 

Na publicação, ele compartilhou uma montagem de Xuxa ao lado de várias personalidades que já morreram. A última imagem era da cantora com Lula. Acima da imagem, ele escreveu: "Ainda dá!! Bora Xuxa…".

Veja abaixo: 

post-tenente-fab
Post de tenente-coronel da FAB no Twitter sugere morte de Lula / Imagem: reprodução Twitter via G1

https://spdiario.com.br/noticias/entretenimento/militar-da-fab-faz-post-sugerindo-a-morte-de-lula-veja.html

Escrivã da Polícia Civil encontrada morta era assediada por colegas de trabalho

Ambiente tóxico: Escrivã morreu dias depois de denunciar assédio que sofria de policiais. Pai da vítima diz que ela não contou antes para poupar família. "Minha filha não estava em seu estado normal". Investigação ganhou novos rumos após circulação de áudios e vídeos.

Rafaela Drumond escrivã polícia civil
Rafaela Drumond

A escrivã da Polícia Civil Rafaela Drumond, de 31 anos, foi encontrada morta no último dia 9 de junho no município de Antônio Carlos, em Minas Gerais. A vítima era lotada na delegacia da cidade de Carandaí.

Inicialmente, o caso foi tratado pela Polícia como suicídio, mas as motivações só ficaram evidentes após áudios e vídeos gravados pela vítima passarem a circular nas redes sociais. Nas imagens que o Pragmatismo teve acesso, Rafaela é humilhada e agredida verbalmente por policiais homens. Um deles chama a vítima de ‘piranha’.

O Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) informou sobre o recebimento de diversas denúncias de que a vítima vinha sofrendo assédio moral e sexual, além de pressão com a sobrecarga no trabalho.

Segundo o Sindep, Rafaela fez contato com o jurídico do sindicato na semana passada denunciando assédio sofrido no ambiente de trabalho. A entidade, no entanto, disse que o conteúdo da denúncia será mantido em sigilo.

O órgão disse ainda ter recebido outras denúncias, e que uma visita técnica seria realizada na Regional. Contudo, não houve tempo hábil da intervenção antes da morte da escrivã.

Escrivã poupou a família

Segundo o pai da escrivã, o comportamento de Rafaela, que visitava os pais em Antônio Carlos a cada 15 dias, estava diferente. A suspeita dele e da esposa é que ela estivesse focada e tensa nos estudos para a prova de um concurso para o cargo de delegada. “Há três meses minha filha não estava no estado normal”, diz.

“Busquei ela terça-feira da semana passada e na sexta aconteceu toda essa tragédia. Fiquei perdido, não entendi o que aconteceu com a minha filha. Uma menina cheia de vida, com emprego e tudo e, de repente, dá essa tragédia. Fui em outro mundo e voltei. Enterrei ela no sábado, no domingo a gente ficou vagando e na segunda saiu essa notícia que aconteceu no trabalho dela. Quero que seja elucidado esse caso”.

O pai acredita que a filha tenha preservado a família e, por isso, não contou sobre as situações que vivia no ambiente de trabalho. “O que acalenta um pouco é que a escrivã chefe do estado de Minas entrou no caso. (…) Pelo menos me conforta, que o caso da minha filha vai ser elucidado. Eu acredito no trabalho da Polícia Civil, órgão no qual a minha filha pertencia e tinha o sonho de continuar lá”.

Sonho de ser delegada

Um amigo relatou que Rafaela era muito dedicada aos estudos e sonhava em ser delegada. “Nós estudávamos juntos para sermos delegados. Era o grande sonho dela. Eu fiquei em choque com a notícia da morte. Ela não chegou a comentar sobre os assédios comigo, apenas que tinha muita pressão no serviço, mas nada específico”.

Zuraide Drummond, de 57 anos, lembra que a filha passava por situações constrangedoras no trabalho. “O delegado falava diretamente que não sabia como ela havia passado na Polícia Civil, pois era desequilibrada e louca”.

A irmã de Rafaela, Karoline Drummond, conta que a familiar tentou transferência de cidade, pois não estava mais suportando a perseguição sofrida. “Teve uma vez que ela sofreu assédio sexual por um colega. O homem se inconformou por Rafaela não querer ter tido algo com ele durante uma confraternização e virou bebidas, além de uma mesa sobre ela. Na época, ela comunicou o fato para o delegado que respondeu: ‘quer que eu faça o quê?’”.

“Rafaela tinha uma vida social muito boa, mas de uns dias para cá estava muito calada. Não conversava com ninguém e estava bem deprimida. Ela chegou a comentar com alguns amigos a vontade de tirar a própria vida. Com nós da família nada disse”, revelou a mãe.

Antes de morrer, Rafaela pediu ajuda de conhecidos na divulgação dos desabafos deixados. “Eu não aguento mais ter que me reerguer todo dia e em todas as áreas”, escreveu em uma das mensagens enviadas a uma amiga.

“Espero que a morte da minha irmã não seja em vão. Ouvi autoridades policiais comentando que este tipo de assédio é comum, só que estamos falando de uma sobrecarga desleal. Eu quero justiça”, disse Karoline.

Rafaela

Corregedoria-Geral da Polícia Civil de MG investiga o suicídio de escrivã que afirmava ser vítima de assédio moral e sexual no trabalho

Quatro meses antes de ter sido encontrada morta, Rafaela Drumond mandou mensagens para uma amiga em que dizia que estava sendo assediada por um colega da delegacia de Carandaí.

Por Jornal Nacional 

23/06/2023 20h43  Atualizado há 5 dias

 

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais assumiu a investigação do suicídio de uma escrivã que afirmava estar sendo vítima de assédio moral e sexual no trabalho.

 

Quatro meses antes de ter sido encontrada morta, Rafaela Drumond mandou várias mensagens para uma amiga. Em uma delas, reveladas só agora, a escrivã falou estava sendo assediada por um colega da delegacia de Carandaí, Zona da Mata mineira.

 

“Ele ficava dando em cima de mim, dando em cima de mim, dando em cima de mim”, diz em um dos áudios.

Rafaela segue falando sobre um episódio inclusive durante um churrasco com colegas.

  

“Ele começou a falar na minha cabeça. Falar e falar. E eu não dava ideia. Ele tem mulher e a mulher dele não gosta de mim, tem ciúme. De repente, ele começou a falar que polícia não é lugar de mulher, que mulher não é para estar na polícia não, que não serve, não”, diz Rafaela em um outro áudio.

Rafaela disse que a conversa terminou em agressão.

 

“Na hora que ele me chamou de piranha, eu falei assim: ‘O quê?’. Sabe que que ele pegou e fez? Virou a mesa em cima de mim, caiu cerveja na minha roupa, caiu os negócios que estavam na mesa na minha roupa”.

Logo após ter sido agredida, Rafaela ligou o celular, que ficou virado para o chão. Mas conseguiu gravar o diálogo com o colega que a ameaçou.

 

“Grava e leva para o Ministério Público, para a Corregedoria... De tudo o que eu falei, ela está preocupada com 'piranha’. É muito cabecinha fraca”, diz o áudio do colega de trabalho.

Em outro áudio enviado para a mesma amiga, Rafaela disse que denunciou o caso para o delegado de Carandaí, onde ela trabalhava.

 

“Falei tudo para o delegado e mostrei esse vídeo e ele: ‘Você vai querer tomar providência?’. Mas ele não queria que eu tomasse providência. Falei: ‘Não, doutor. Eu não quero tomar providência’. Porque ia me expor, isso é Carandaí, cidade pequena. Com certeza ia se voltar contra quem? Contra a mulher. Porque se tomasse providência ia dar merda para o delegado e ia dar merda para mim também, porque a parte mais fraca sou eu, entendeu?”, diz Rafaela em outro áudio.

 

Quatro meses depois, no último dia 9 de junho, Rafaela se matou. Foi encontrada morta na casa dos pais. Eles contaram que ouviram um barulho de tiro no quarto da filha. O caso passou a ser investigado pela Delegacia Regional de Barbacena, que mandou periciar o celular da escrivã.

 

Na quinta-feira (22), as investigações mudaram de rumo. A Corregedoria-Geral assumiu o inquérito de forma exclusiva. Segundo a Polícia Civil, a transferência foi "devido à complexidade da investigação que apura as circunstâncias da morte de Rafaela” e que "as investigações continuarão sendo conduzidas de maneira isenta e imparcial”.

 

Nesta sexta-feira (23), o delegado de Carandaí, Itamar Claudio Netto, foi transferido para outra cidade. Segundo a polícia, a transferência foi a pedido dele próprio. Também foi divulgada a transferência do investigador Celso Trindade de Andrade, outro que trabalhava em Carandaí, por decisão da Polícia Civil.

 

LEIA TAMBÉM

 

Caso Rafaela Drumond: delegado e investigador de Carandaí são transferidos de unidade

Em áudios, escrivã denuncia tentativa de agressão e assédio sexual no ambiente de trabalho; ela foi encontrada morta

Policiais civis prestam homenagem pelo 7º dia da morte da escrivã mineira Rafaela Drumond

O Sindicato dos Escrivães disse que enviou em 2023 à corregedoria da corporação mais de 20 denúncias de assédio. Na grande maioria, as vítimas são mulheres.

  

“As denúncias mais comuns são as denúncias de assédio de forma geral, principalmente o assédio vertical, que é aquele cometido pelo chefe contra o subordinado”, diz Marcelo Horta, diretor Jurídico do Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil no Estado de Minas Gerais.

“Ela sinaliza crimes contra a sua honra, crimes contra sua dignidade sexual e potencializa uma instigação ao suicídio. Agora, se existiu materialidade e autoria desses crimes, somente as autoridades competentes, através de uma investigação precisa e imparcial, vai poder chegar a essa conclusão”, afirma Tiago Lenoir, advogado da família da Rafaela.

Há dois dia, Aldair Divino Drumond, pai de Rafaela, fez um protesto solitário em uma das regiões mais movimentadas de Belo Horizonte.

 

“O importante é que tenha transparência e que seja feita justiça”, disse.

A Polícia Civil de Minas declarou que as denúncias feitas à Corregedoria são investigadas imediatamente.

 

O Jornal Nacional não conseguiu contato com Itamar Claudio Netto e com Celso Trindade de Andrade.

 

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/06/23/corregedoria-geral-da-policia-civil-de-mg-investiga-o-suicidio-de-escriva-que-afirmava-ser-vitima-de-assedio-moral-e-sexual-no-trabalho.ghtml

Em áudios, escrivã denuncia tentativa de agressão e assédio sexual no ambiente de trabalho; ela foi encontrada morta

Rafaela Drumond narrou a amigos episódios de machismo e perseguição, incluindo o momento em que um colega virou uma mesa contra ela. Polícia e corregedoria investigam o caso.

Por Rodrigo Salgado, g1 Minas — Belo Horizonte 

21/06/2023 04h01  Atualizado há uma semana

 

Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil que morreu em Barbacena — Foto: Reprodução/Redes Sociais

  Em áudios enviados a uma amiga em fevereiro deste ano, a escrivã Rafaela Drumond, de 31 anos, que morreu no último dia 9, relatou episódios de assédio moral e sexual, perseguição, boicote e até uma tentativa de agressão física por parte de colegas de trabalho da Polícia Civil de Minas Gerais.

 

Participe da comunidade do g1 minas no WhatsApp e receba direto no seu celular as notícias do estado

O g1 teve acesso aos mais de 20 minutos de desabafos feitos pela escrivã. O material está sendo analisado pela Polícia Civil. (ouça ainda nesta reportagem) Além dos áudios, um vídeo em que ela aparece sendo ofendida por um suposto colega está sendo periciado. (veja vídeo abaixo)

 

 

Rafaela foi encontrada morta pelos pais em Antônio Carlos, no Campo das Vertentes. O caso foi registrado como suicídio. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. A Corregedoria da corporação apura as denúncias de assédio que teriam ocorrido na delegacia de Carandaí, na Zona da Mata, onde a escrivã trabalhava. Até o momento, ninguém foi suspenso.

Vídeo gravado por Rafaela, quando foi ofendida por um colega de delegacia

Vídeo gravado por Rafaela, quando foi ofendida por um colega de delegacia

Em uma das gravações, a escrivã detalha o contexto do vídeo que gravou


Em uma das gravações, a escrivã detalha o contexto do vídeo que gravou (veja acima), quando foi ofendida por um colega de delegacia. Ela conta que se tratava de uma confraternização e, que após vários insultos, ele chegou a virar uma mesa contra ela, mas não a acertou.

 

 

"Sabe o que que ele pegou e fez? Virou a mesa em cima de mim, caiu cerveja na minha roupa, caiu [sic] os negócios que tavam na mesa na minha roupa. Na hora que acabou isso eu peguei meu telefone e comecei a gravar. Eu devia ter gravado desde o início", disse Rafaela Drumond na gravação. Ouça:

Rafaela relatou a amigas que foi ofendida e sofreu agressão durante confraternização

Rafaela relatou a amigas que foi ofendida e sofreu agressão durante confraternização

Rafaela relatou a amigas que foi ofendida e sofreu agressão durante confraternização

 

Relato ao superior

No áudio seguinte, enviado a uma amiga, Rafaela conta que contou tudo para o delegado e mostrou o vídeo. O superior perguntou se ela queria tomar alguma providência e ela disse que não, por receio de represálias na cidade.

 

"Não quis tomar providência porque ia me expor. Isso é Carandaí, cidade pequena. Com certeza ia se voltar contra quem? Contra a mulher. Eu deixei, prefiro abafar. Eu só não quero olhar na cara desse boçal nunca mais", narrou a escrivã na ocasião.

Rafaela contou a amiga que mostrou o registro em vídeo para o delegado responsável

Rafaela contou a amiga que mostrou o registro em vídeo para o delegado responsável


Policiais civis prestam homenagem pelo 7º dia da morte da escrivã mineira Rafaela Drumond

Amigos e parentes de escrivã encontrada morta participam de missa em homenagem a ela em BH

Assédio sexual

Rafaela Drumond ainda contou a colegas os problemas que vivia na unidade, mas que foi aconselhada a esquecer: "entra por um ouvido, sai pelo outro", disse em um dos áudios. Ao final da gravação, ela ainda diz que sofreu um assédio sexual em 2022.

 .

Escrivã conta que sofreu até assédio sexual no ambiente de trabalho

Escrivã conta que sofreu até assédio sexual no ambiente de trabalho


Receio de contar para amigos

Os áudios foram enviados em fevereiro, mas os problemas teriam começado quase um ano antes. Rafaela disse que não costumava desabafar com os amigos por ser tratar de um assunto desgastante - o que também acontecia em relação aos pais.

 

"Eu nem contei pra vocês, porque, sabe, umas coisas que me desgastam. Quanto mais eu falo, mais a energia volta. Fiquei calada. [...] Eu fiquei quieta na minha, achando que as coisas iam melhorar. Eu não incomodo muita gente, mas, enfim, agora chega", disse Rafaela.

Rafaela relata ter ficado receosa de contar os problemas para os amigos

Rafaela relata ter ficado receosa de contar os problemas para os amigos

 

Lotada em Carandaí, a escrivã tentou conseguir uma transferência para Conselheiro Lafaiete, na Região Central, fato que chegou ao conhecimento dos superiores. 

Escrivã relata que cogitou trocar de delegacia para evitar problemas de perseguição

Escrivã relata que cogitou trocar de delegacia para evitar problemas de perseguição

Em investigação

 

Em investigação

A Polícia Civil disse que "objetos que guardam relação com a investigação" estão sendo periciados, como é o caso do celular dela, onde essas e outras trocas de mensagens estão armazenadas. O caso foi registrado como suicídio.

 

Além do inquérito investigativo, a instituição também instaurou um procedimento administrativo disciplinar para apurar os fatos. Afirmou que "aguarda a finalização dos procedimentos de polícia judiciária para adoção das medidas legais cabíveis".

  

Vídeos mais assistidos g1 MG 

https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2023/06/21/em-audios-escriva-denuncia-tentativa-de-agressao-e-assedio-sexual-no-ambiente-de-trabalho-ela-foi-encontrada-morta.ghtml

PM que trabalhou como vigilante em igreja por 14 anos consegue vínculo

A 1ª turma do TRT-11 manteve o entendimento da 10ª vara do Trabalho de Manaus/AM, de que foram preenchidos os requisitos legais.

Da Redação 

domingo, 23 de abril de 2023 

Atualizado às 16:25 

Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/385133/pm-que-trabalhou-como-vigilante-em-igreja-por-14-anos-consegue-vinculo


Um policial militar que prestou serviço a uma igreja evangélica em Manaus/AM por quase 14 anos obteve o reconhecimento do vínculo empregatício na função de vigilante. De acordo com a decisão da 1ª turma do TRT da 11ª região, as provas dos autos confirmam que a prestação do serviço ocorreu de forma não eventual, mediante salário e subordinação. Ele trabalhou de junho de 2006 a janeiro de 2020 e vai receber as verbas trabalhistas do período que não está prescrito.

Por unanimidade, o colegiado acompanhou o voto do relator do processo, desembargador David Alves de Mello Junior. No julgamento do recurso da reclamada, que buscava a reforma da sentença alegando tratar-se de prestação de serviço eventual a qual não preencheria os requisitos legais, o relator rejeitou os argumentos citando a súmula 386, do TST e jurisprudência.

"Na verdade, estando preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT e não se tratando de atividade ilícita, não há qualquer impedimento para o reconhecimento do vínculo empregatício de policial militar e entidade religiosa."

No caso em análise, o serviço de segurança dos templos era realizado por militares, que atuavam em escala de revezamento durante as folgas na corporação. "A alegação de impossibilidade de prestação de serviço e reconhecimento por ser policial militar, não descaracteriza o vínculo, pois ocorria nas folgas dos militares em sua corporação, de acordo com a compatibilidade de horários.", observou o desembargador.

 (Imagem: Arte Migalhas)

O policial trabalhou de 2006 a 2020 na instituição religiosa.(Imagem: Arte Migalhas)

Adicional de periculosidade

O colegiado deu parcial provimento ao recurso da reclamada apenas para excluir da condenação o adicional de periculosidade deferido na decisão de 1º grau. Os julgadores entenderam que não foram cumpridos os requisitos da lei 7.102/83, nem o item 2 da Norma Regulamentadora 16.

De acordo com o voto do relator, o fato de o templo religioso guardar, eventualmente, valores em espécie, por si só, não é suficiente para caracterizar a atividade do reclamante como perigosa, pois ausentes os requisitos da norma regulamentadora quanto à matéria.

Por fim, registrou que o demandante pediu, desde a inicial, o reconhecimento de seu trabalho como segurança patrimonial e não vigilante, o que o equipara ao vigia, sem direito ao adicional de periculosidade, segundo a jurisprudência majoritária.

Sentença

A ação trabalhista foi ajuizada em janeiro de 2020. O reclamante requereu o reconhecimento de vínculo, com o pagamento das verbas decorrentes, além de horas extras, adicional de periculosidade, adicional noturno, auxílio alimentação, vale-transporte e diferenças salariais.

A juíza substituta Larissa de Souza Carril, da 10ª vara do Trabalho de Manaus/AM, julgou parcialmente procedentes os pedidos para condenar a reclamada ao registro na CTPS na função de vigilante e pagamento de verbas do período imprescrito, além do adicional de periculosidade.

https://www.migalhas.com.br/quentes/385133/pm-que-trabalhou-como-vigilante-em-igreja-por-14-anos-consegue-vinculo

    Policial militar obtém reconhecimento de vínculo de emprego com igreja no AM

     

     
     

    A Primeira Turma do TRT-11 manteve o entendimento da 10ª Vara do Trabalho de Manaus, de que foram preenchidos os requisitos legais.

    265Um policial militar que prestou serviço a uma igreja evangélica em Manaus (AM) por quase 14 anos obteve o reconhecimento do vínculo empregatício na função de vigilante. De acordo com a decisão da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), as provas dos autos confirmam que a prestação do serviço ocorreu de forma não eventual, mediante salário e subordinação. Ele trabalhou de junho de 2006 a janeiro de 2020 e vai receber as verbas trabalhistas do período que não está prescrito.

    Por unanimidade, o colegiado acompanhou o voto do relator do processo, desembargador David Alves de Mello Junior. No julgamento do recurso da reclamada, que buscava a reforma da sentença alegando tratar-se de prestação de serviço eventual a qual não preencheria os requisitos legais, o relator rejeitou os argumentos citando a Súmula nº 386, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e jurisprudência. “Na verdade, estando preenchidos os requisitos do artigo 3º da CLT e não se tratando de atividade ilícita, não há qualquer impedimento para o reconhecimento do vínculo empregatício de policial militar e entidade religiosa”, explicou.

    No caso em análise, o serviço de segurança dos templos era realizado por militares, que atuavam em escala de revezamento durante as folgas na corporação. “A alegação de impossibilidade de prestação de serviço e reconhecimento por ser policial militar, não descaracteriza o vínculo, pois ocorria nas folgas dos militares em sua corporação, de acordo com a compatibilidade de horários”, observou o desembargador. Ainda cabe recurso ao TST.

    Adicional de periculosidade
    O colegiado deu parcial provimento ao recurso da reclamada apenas para excluir da condenação o adicional de periculosidade deferido na decisão de 1º grau. Os julgadores entenderam que não foram cumpridos os requisitos da Lei 7.102/1983, nem o item 2 da Norma Regulamentadora n. 16.

    De acordo com o voto do relator, o fato de o templo religioso guardar, eventualmente, valores em espécie, por si só, não é suficiente para caracterizar a atividade do reclamante como perigosa, pois ausentes os requisitos da norma regulamentadora quanto à matéria. Por fim, registrou que o demandante pediu, desde a inicial, o reconhecimento de seu trabalho como segurança patrimonial e não vigilante, o que o equipara ao vigia, sem direito ao adicional de periculosidade, segundo a jurisprudência majoritária.

    Sentença
    A ação trabalhista foi ajuizada em janeiro de 2020. O reclamante requereu o reconhecimento de vínculo, com o pagamento das verbas decorrentes, além de horas extras,adicional de periculosidade, adicional noturno, auxílio alimentação, vale-transporte e diferenças salariais. A juíza substituta Larissa de Souza Carril, da 10ª Vara do Trabalho de Manaus, julgou parcialmente procedentes os pedidos para condenar a reclamada ao registro na CTPS na função de vigilante e pagamento de verbas do período imprescrito, além do adicional de periculosidade.


    Processo nº 0000053-22.2020.5.11.0010

      

    Coordenadoria de Comunicação Social
    Texto: Paula Monteiro
    Arte: Banco de Imagens



    https://portal.trt11.jus.br/index.php/comunicacao/8107-policial-militar-obtem-reconhecimento-de-vinculo-de-emprego-com-igreja-no-am