"Espero estar errado", escreveu o general Mike Minihan, que chefia o Comando de Mobilidade Aérea
Um general de quatro estrelas da Força Aérea dos Estados Unidos disse em um memorando que seu instinto lhe diz que o país vai entrar em guerra contra a China nos próximos dois anos, comentários que funcionários do Pentágono disseram não ser consistentes com as avaliações militares norte-americanas.
"Espero estar errado", escreveu o general Mike Minihan, que chefia o Comando de Mobilidade Aérea, à liderança de seus cerca de 110 mil membros. "Meu instinto me diz que vamos lutar em 2025."
A carta era datada de 1º de fevereiro, mas havia foi enviada na sexta-feira.
As opiniões do general não representam a visão do Pentágono, mas mostram preocupação nos mais altos escalões militares dos EUA sobre uma possível tentativa da China de exercer controle sobre Taiwan, que Pequim reivindica como parte de seu território. Tanto os EUA quanto Taiwan, um importante polo global de produção de chips, realizarão eleições presidenciais em 2024, potencialmente criando uma oportunidade para a China realizar uma ação militar, escreveu Minihan.
"Esses comentários não são representativos da visão do departamento sobre a China", disse uma autoridade militar dos EUA.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse no início deste mês que duvidava seriamente que o aumento das atividades militares chinesas perto do Estreito de Taiwan fosse um sinal de uma invasão iminente da ilha por Pequim.
A China intensificou pressão diplomática, militar e econômica nos últimos anos para Taiwan aceitar o governo de Pequim. O governo de Taiwan diz que quer a paz, mas que vai se defender se for atacado.
Em resposta a um pedido de comentário, o brigadeiro-general da Força Aérea, Patrick Ryder, disse em comunicado que a competição militar com a China é um desafio central.
"Nosso foco continua sendo trabalhar ao lado de aliados e parceiros para preservar um Indo-Pacífico de paz, livre e aberto", disse ele.
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