Ajudante de ordens de Bolsonaro teve sigilo quebrado para investigação sobre movimentações financeiras suspeitas. Foto: Alan Santos/PR
DECISÃO DO STF
26.09.2022 20:06
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a quebra do sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro. A decisão de Moraes é baseada em suspeitas levantadas por uma investigação da Polícia Federal. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a Folha, a Polícia Federal encontrou no telefone de Mauro Cid mensagens que levantaram suspeitas quanto a transações financeiras feitas no gabinete de Bolsonaro. Conversas por escrito, fotos e áudios trocados por Cid com outros funcionários da Presidência que sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro. Ou seja: o que se descobriu aponta para a eventual existência de um esquema de rachadinha dentro do Palácio do Planalto.
O material analisado pela PF indica que as movimentações financeiras se destinavam a pagar contas pessoais da família presidencial e de pessoas próximas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A assessoria da Presidência nega qualquer irregularidade e diz que os valores movimentados têm como origem a conta particular do presidente da República.
Mas, com base nas apurações e em pedido da PF, Alexandre de Moraes autorizou a quebra do sigilo do ajudante de ordens.
Cid vinha sendo investigado no processo que apura os ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa investigação, tinha sido quebrado o seu sigilo telemático (e-mails, arquivos de celular, nuvens de armazenamento). Foi com base nesse material que deparou com as movimentações financeiras suspeitas.
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