Porta-voz da PM defendeu os militares que estavam no batalhão, mas diz que os envolvidos serão punidos se houver irregularidade no caso em Consolação, no Sul de Minas
O porta-voz da Polícia Militar, major Flávio Santiago, divulgou um vídeo nesta quinta-feira em que dá novos detalhes sobre o caso dos dois advogados presos por desacato a militares no Batalhão de Consolação, na comarca de Paraisópolis, no Sul de Minas. No vídeo, ele defendeu os militares e disse que a PM estará sempre à frente na restauração da ordem.
O major disse que o fato será devidamente investigado e, caso haja irregularidade, os envolvidos serão punidos: “É importante frisar que ninguém está acima da lei. Em qualquer ruptura da ordem, é a polícia militar quem faz essa restauração. Independentemente de lugar, a polícia militar estará tomando as providências necessárias. Se houve qualquer excesso na ocorrência, já há um processo apuratório em andamento, e as medidas serão tomadas dentro da legalidade”.
Os dois advogados foram ao batalhão para apurar os fatos
sobre policiais que teriam parado um cliente de forma evasiva numa blitz. Eles relataram ter sido agredidos e imobilizados pelos policiais que estavam no batalhão. Um deles teria sido jogado no chão, levando vários socos no peito e no estômago. Eles passaram por exames de corpo de delito, que teriam constatado as agressões.
Na versão de Flávio Santiago, os advogados foram agressivos no contato com os policiais: “O tom de voz dos advogados começa a aumentar. Eles desacatam os policiais e acabam sendo presos. No momento dessa condução, um terceiro aparece, chamado por eles, um advogado, e diz 'Vocês não vão presos, não, vem para cá', tentando arrebatar os presos. Os policiais parlamentam, ele desataca também os policiais militares e também é preso. A polícia militar no local chama a OAB, que comparece através de um advogado, da subseção de Cambuí, que acompanha o desenrolar da ocorrência”.
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O caso Marielle - The Intercept
A OAB já acionou o Ministério Público de Minas para instauração de ação penal contra os militares envolvidos na ocorrência, já que, por lei, os advogados não podem ser presos no exercício da profissão. O órgão também acionou a Corregedoria da Polícia Militar para aplicar sanções administrativas aos militares.
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