Três policiais militares foram expulsos da corporação nesta quinta-feira (9). Dentre eles, está a sargento Michelle Ferri, que comandava uma unidade da Ronda Tática Motorizada (Rotam). Os três são acusados de participação na greve que deixou o Espírito Santo sem policiamento em fevereiro deste ano.
Michelle foi a primeira sargento mulher no comando de uma equipe da Rotam e estava na PM havia 13 anos. A Rotam, apontada como foco de maior resistência dos militares à volta ao trabalho em fevereiro, foi extinta em uma reestruturação da corporação realizada em abril.
O ato, assinado pelo Coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, foi publicado no boletim geral interno da PMES nesta sexta-feira (10). Também foram expulsos os cabos Marcos Domingos dos Santos e Danilo Pesca.
Michele e Danilo foram submetidos ao Conselho de Disciplina no dia 14 de fevereiro, ainda durante a greve.
O presidente da Associação de Oficiais da PMES, tenente-coronel Rogério Fernandes Lima, lamentou as expulsões. "São policiais honrados que tinham elogios dos superiores, tinham sido homenageados. A gente acredita que eles devam recorrer na busca de reverter essa decisão", afirmou.
Ele salientou ainda que, durante a greve, as associações tinham pressa que a greve acabasse da melhor forma possível, prevendo que consequências deste tipo poderiam acontecer.
Procurada para comentar sobre as expulsões, a Polícia Militar enviou uma nota dizendo que "jamais negligenciará seus valores: a hierarquia e a disciplina".
A Polícia Militar informa que considera seus valorosos integrantes como primordiais para a construção de uma sociedade mais harmoniosa e pacífica. Em respeito a esses profissionais a instituição jamais negligenciará seus valores: a hierarquia e a disciplina, fundamentos que norteiam a boa conduta profissional. Reafirmamos nosso compromisso com o povo capixaba.
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