A cena foi filmada e divulgada nas redes sociais. Segundo a Polícia Militar de São Paulo, a ação do PM será apurada
postado em 04/02/2020 20:03 / atualizado em 04/02/2020 21:32
A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) afirmou, nesta terça-feira (4/2), que vai apurar a abordagem de um policial que imobilizou e deu um tapa em uma grávida de cinco meses em São José do Rio Preto (SP).
Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram a ação do PM, que causou revolta nas pessoas que acompanhavam a ação.
Nas filmagens, divulgadas pelo jornalista Luís Adorno, do site UOL, a mulher aparece deitada de costas na calçada enquanto o policial a imobiliza com o joelho esquerdo sobre a barriga e o peito dela.
No início do primeiro vídeo, a mulher diz: "A minha barriga, cara. Eu tô grávida". Logo em seguida ela recebe um golpe no rosto desferido pelo PM, que diz: "Para de me bater".
Pessoas que acompanham a cena, pedem para que o policial solte a mulher e afirmam que ela está grávida. Ele responde: "Não, ela tá presa". No fim da primeira filmagem, ouve-se a mulher dizendo: "Chama a minha vó, por favor. Ele tá me machucando, machucando a minha filha".
Em um segundo vídeo, os presentes seguem pedindo para que o policial pare: "Ela tá ficando sem ar. Pelo amor de Deus, ela tá grávida. Olha como ela tá ficando roxa”, diz uma mulher. O policial segue então em cima da mulher, que diz para ele que não vai correr: "Eu não vou correr, eu tô grávida. Tá achando que eu sou traficante?".
Logo depois, a mulher diz que não está resistindo à imobilização do policial, que segue com o joelho em cima dela.
PM diz que tomou providências
Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que houve “resistência e desobediência” durante a ocorrência. O comunicado diz ainda que o comando do 17º Batalhão de Polícia Militar já tomou as devidas providências para o registro dos fatos, que serão apurados “através do devido procedimento legal adequado”.
Em reação ao vídeo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) disse ter recomendado o imediato afastamento do policial militar flagrado. "Apesar dela ter resistido a prisão por tráfico de drogas, existe protoloco a ser cumprido e as imagens indicam conduta totalmente inadequada do policial", escreveu o governador, que comanda a força policial no Estado.
Ele destacou que a corporação instaurou um inquérito policial militar para apurar o caso. "Ressalto meu respeito à Polícia Militar do Estado de SP, a melhor do BR, mas não deixarei de condenar excessos e violência desnecessária", declarou Doria.
*Estagiário sob supervisão de Humberto Rezende
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