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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Escola da Aeronáutica para jovens entre 14 e 19 anos defende choque elétrico na língua; em Salvador, PM tortura idoso; em Fortaleza, vítimas são adolescentes


Publicado em 29 de dezembro de 2015


Escola da Aeronáutica para jovens entre 14 e 19 anos defende choque elétrico na língua; em Salvador, PM tortura idoso; em Fortaleza, vítimas são adolescentes
Por Alceu Luís Castilho (@alceucastilho)
O Brasil ainda é o país da tortura. Que alguns insistem em associar apenas ao período da ditadura. A maioria das notícias de 2015 se refere à ação de policiais militares.
Em Salvador, a vítima foi um idoso:
Em Fortaleza, adolescentes:
No Pará, um jovem foi torturado em um shopping. O deputado estadual cearense Capitão Wagner (PR) postou vídeo da tortura e não viu nada de errado. Pelo contrário, comemorou:
Em São Paulo, a tortura foi tão evidente que o delegado prendeu o policial. Resultado: PMs e parentes se rebelaram contra a decisão do policial civil:
A cultura da tortura está tão arraigada no Brasil que se perpetua na formação de novos policiais:
‘PORRADA PRA MATAR’
Não somente na PM, diga-se de passagem. Treinamento da Aeronáutica para estudantes entre 14 e 19 anos prega “tapa na cara”, “chute no peito”, “choque na língua” e fala em “pegar o vagabundo e dar porrada pra matar”:
No Rio, somou-se à tortura o abuso sexual. Em pleno dia de Natal, na última sexta-feira:
Em outubro, o Fantástico divulgou o resultado de 18 dias de escuta – só áudio, sem vídeo – em uma viatura da PM do Rio Grande do Norte. Os policiais foram flagrados cobrando propina, extorquindo, roubando – e também torturando: Escutas mostram grupo de PMs recebendo até galinhas como propina.
DOS PRESÍDIOS ÀS REDES SOCIAIS
E estamos apenas enumerando casos envolvendo a PM. Mas este foi o ano em que um relator da ONU definiu a tortura em nossos presídios como endêmica: Tortura em presídios brasileiros é endêmica, diz relator da ONU.
No Piauí, PMs juntaram-se aos agentes penitenciários, após uma tentativa de fuga:
Como se não bastasse, a prática da tortura é exaltada nas redes sociais, por páginas com milhares ou dezenas de milhares de participantes:


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