18/02/2011 - 18h01
Por policiais presos em megaoperação
Do UOL NotíciasEm São Paulo
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O Ministério Público do Estado Rio de Janeiro (MP-RJ) ofereceu quatro denúncias nesta sexta-feira (18) contra policiais civis e militares, além de informantes, presos desde a última sexta (11) na Operação Guilhotina, deflagrada em parceria com a Polícia Federal.
O grupo é acusado de se apropriar de bens e pertences apreendidos em diligências e operações policiais, seja na atuação em delegacias ou em posições estratégicas da segurança pública. Segundo as denúncias, oferecidas menos de 24 horas após o recebimento do relatório da PF, esses policiais formavam quatro grupos criminosos que atuavam independentemente, utilizando-se das facilidades proporcionadas pelos cargos que exerciam.
As denúncia são de autoria da 23ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos Policiais e foi entregue ao juízo da 32ª Vara Criminal da Comarca do Rio.
As acusações enquadraram-se nos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e/ou ativa, peculato e violação de sigilo funcional, dentre outros, que variam de acordo com a conduta individual de cada acusado, como demonstrado nas denúncias em anexo. Assinaram as denúncias os Promotores de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, Alexandre Murilo Graça, Márcio José Nobre de Almeida e Luis Otávio Figueira Lopes.
Neste caso, foram denunciados quatro policiais civis, seis PMs (um deles da reserva) e três traficantes, além de Oliveira e de mais sete pessoas que controlavam serviços como o transporte alternativo, segurança privada, “gatonet” (televisão a cabo clandestina) e distribuição de gás e água na favela Roquete Pinto. Em um trecho da denúncia, os promotores citaram ainda que, em duas operações comandadas pelo ex-subchefe operacional da polícia, em 2005 e em 2008, parte do grupo apropriou-se de armas e munições, algumas para serem revendidas e outras para o uso próprio.
Também de acordo com a denúncia, quatro policiais teriam negociado um “arrego” com os traficantes, recebendo em troca um pagamento mensal de R$ 50 mil para o repasse de informações sobre operações policiais.
À Justiça, eles responderão por formação de quadrilha e corrupção passiva. Neste caso, porém, o MP-RJ aguarda a chegada de mais documentos que visam à apuração exata das condutas, localização de casas de jogos e identificação de possíveis policiais que teriam recebido vantagens indevidas para eventuais complementos à denúncia.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/02/18/mp-rj-denuncia-quatro-quadrilhas-formadas-por-policiais-presos-em-megaoperacao.jhtm
O grupo é acusado de se apropriar de bens e pertences apreendidos em diligências e operações policiais, seja na atuação em delegacias ou em posições estratégicas da segurança pública. Segundo as denúncias, oferecidas menos de 24 horas após o recebimento do relatório da PF, esses policiais formavam quatro grupos criminosos que atuavam independentemente, utilizando-se das facilidades proporcionadas pelos cargos que exerciam.
As denúncia são de autoria da 23ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos Policiais e foi entregue ao juízo da 32ª Vara Criminal da Comarca do Rio.
As acusações enquadraram-se nos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e/ou ativa, peculato e violação de sigilo funcional, dentre outros, que variam de acordo com a conduta individual de cada acusado, como demonstrado nas denúncias em anexo. Assinaram as denúncias os Promotores de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, Alexandre Murilo Graça, Márcio José Nobre de Almeida e Luis Otávio Figueira Lopes.
Ex-subchefe Carlos Oliveira
Em uma das denúncias, os promotores de Justiça afirmaram que as atividades ilícitas do grupo de milicianos que atuava na favela Roquete Pinto, em Ramos, na zona norte do Rio, eram facilitadas pelo ex-subchefe operacional de Polícia Civil, Carlos Antonio Luiz de Oliveira, preso na sexta. De acordo com o MP-RJ, Oliveira “atuava controlando as autoridades policiais das delegacias nas quais os milicianos exerciam suas funções, de modo a permitir as empreitadas delituosas para a aquisição de armas e outros ‘espólios de guerra’”.Neste caso, foram denunciados quatro policiais civis, seis PMs (um deles da reserva) e três traficantes, além de Oliveira e de mais sete pessoas que controlavam serviços como o transporte alternativo, segurança privada, “gatonet” (televisão a cabo clandestina) e distribuição de gás e água na favela Roquete Pinto. Em um trecho da denúncia, os promotores citaram ainda que, em duas operações comandadas pelo ex-subchefe operacional da polícia, em 2005 e em 2008, parte do grupo apropriou-se de armas e munições, algumas para serem revendidas e outras para o uso próprio.
“Arrego”
Na segunda denúncia, a promotoria acusa sete pessoas - três policiais civis e dois PMs -- de atuarem em uma quadrilha que “se aproveitava da confiança que lhe era depositada e do local de trabalho (no caso, a Delegacia de Combate às Drogas)” para se apropriar de bens e valores de criminosos. De acordo com as apurações, os denunciados faziam apreensões em territórios dominados pelo Comando Vermelho e revendiam o material apreendido para integrantes de grupos da facção ADA, liderados pelos traficantes Nem, da Rocinha, e Roupinol, do Morro de São Carlos.Também de acordo com a denúncia, quatro policiais teriam negociado um “arrego” com os traficantes, recebendo em troca um pagamento mensal de R$ 50 mil para o repasse de informações sobre operações policiais.
Complexo do Alemão
A terceira denúncia apontou o envolvimento de quatro PMs na apropriação de bens de traficantes durante a ocupação do Complexo do Alemão. A prática foi flagrada em gravações telefônicas entre os acusados, realizadas com autorização da Justiça. Os envolvidos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e corrupção passiva, entre outros descritos na denúncia, como a acusação de prática de “arrego”, feita por um sargento ao traficante Roupinol e por um PM na prática de agiotagem por utilizar a conta-corrente de terceiros.Casas de jogos
A quarta denúncia citou o envolvimento de dez PMs, dois policiais civis e mais uma pessoa na prestação de segurança privada, mediante pagamento, em estabelecimentos nos quais eram praticados crimes e contravenções. Os acusados atuariam, em grupos específicos, em casas de exploração de jogos de azar e caça-níqueis em, pelo menos, três imóveis, localizados em Botafogo, Bonsucesso e Barra de Guaratiba.À Justiça, eles responderão por formação de quadrilha e corrupção passiva. Neste caso, porém, o MP-RJ aguarda a chegada de mais documentos que visam à apuração exata das condutas, localização de casas de jogos e identificação de possíveis policiais que teriam recebido vantagens indevidas para eventuais complementos à denúncia.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/02/18/mp-rj-denuncia-quatro-quadrilhas-formadas-por-policiais-presos-em-megaoperacao.jhtm