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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Após suicídio de militar, Exército investiga tortura psicológica na corporação

BELO HORIZONTE

Família do soldado afirma que ele era humilhado por superiores; militar teria se matado na última sexta-feira (20), dentro do quartel, com um tiro de fuzil no rosto

PUBLICADO EM 24/09/13 - 12h25
A 4ª Companhia de Polícia do Exército determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar as denúncias de tortura psicológica dentro da corporação, em Belo Horizonte. A família do soldado Pablo Soares Pereira, de 18 anos, acusa o Exército pela morte do filho. O militar teria se matado na última sexta-feira (20), dentro do quartel, com um tiro de fuzil no rosto.

Em entrevista à rádio Itatiaia nesta terça-feira (24), Liliane Soares Pereira, mãe do rapaz, contou que o filho era humilhado constantemente dentro do quartel. “O que mais me marcava era ele falar das coisas que faziam com ele: cuspir no prato, humilhar, colocar eles no chão mesmo. Tipo assim: você não vale nada, você não vale o prato que você come, você é um cachorro. Falavam muitas coisas para ele, que não aguentou”, relatou a mãe.
Ainda em entrevista à radio, Liliane disse que a morte do filho não é um caso isolado. Segundo ele, pelo menos dois outros soldados teriam tentado se matar recentemente. Um usou um estilete e o outro um fuzil para tirar a própria vida.
Adimílson Carlos Pereira, pai de Pablo, também concedeu entrevista à rádio Itatiaia. De acordo com ele, o filho enviou uma mensagem de celular para se despedir. "Ele me passou uma mensagem me agradecendo por tudo que eu fiz por ele, que sempre fui um bom pai, que se ele tivesse feito alguma coisa de errado que eu o perdoasse  e que ele já estava junto de Deus", revelou. O pai confirma o bullying sofrido pelo filho dentro do quartel. “Ele dizia que era humilhado, que tinha que comer carne crua, cebola, que cuspiam no prato que ele ia comer”, acrescentou o estofador.
A reportagem de O TEMPO entrou em contato com a mãe do rapaz, mas ela não quis falar sobre o assunto. 
Resposta

Em nota, o comando da 4ª Companhia de Polícia do Exército informou que determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do fato. O comando disse ainda que se solidariza com a família neste momento de dor e presta todo o apoio necessário. 

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