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domingo, 23 de abril de 2017

Caso de jovem espancado na Zona Sul de SP foi registrado por PMs 2 dias depois

 Quatro policiais militares que atuam na Zona Sul foram afastados e são investigados.


Por G1 São Paulo

 O adolescente Gabriel Paiva, que morreu após ficar internado por quatro dias — Foto: Reprodução/TV Globo

O adolescente Gabriel Paiva, que morreu após ficar internado por quatro dias — Foto: Reprodução/TV Globo


O adolescente Gabriel Paiva, de 16 anos, foi enterrado na manhã deste sábado (22) no Cemitério Campo Grande, na Zona Sul de São Paulo. Gabriel morreu na quinta-feira (20), quatro dias após ser espancado no Jardim Ubirajara, também na Zona Sul.


A família acusa policiais de baterem no garoto com um cabo de enxada. A Polícia Militar afastou quatro oficiais do 22º batalhão e investiga a suposta ação deles em relação ao jovem. Os nomes deles não foram divulgados.

O enterro aconteceu por volta das 11h30, após um velório que começou às 19h45 de sexta-feira (21) e durou mais de 15 horas. Familiares e amigos estiveram na cerimônia.

O irmão do adolescente, Roger Paiva, afirma que os policiais militares que seriam os responsáveis por espancar o jovem têm “fama de bater’ no Jardim Ubirajara, na Zona Sul de São Paulo.


Roger Paiva, irmão de Gabriel, contou que a vítima foi abordada quando encontrava amigos na rua. O adolescente foi golpeado em diversas partes do corpo. “Os caras já tinham fama de chegar batendo. Ninguém fica parado", diz. Ele relata que o irmão levou diversos golpes na cabeça.


O adolescente morreu na noite de quinta instantes depois de ser transferido da UTI do Hospital Geral de Pedreira, na Zona Sul de São Paulo, para o Hospital Regional Sul.


Família de Gabriel Paiva disse que ele está internado na UTI e espera que ele passe por novos exames — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Família de Gabriel Paiva disse que ele está internado na UTI e espera que ele passe por novos exames — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal


Investigação


Com a morte do menino, o Conselho de Direitos Humanos pediu para a Ouvidoria da PM para que o caso seja investigado como tortura seguida de homicídio.



“As agressões que foram cometidas contra ele foram de forma covarde. Não houve nenhum tipo de reação e o histórico do Gabriel é de ser estudante, sem nenhum tipo de envolvimento criminal”, afirma o coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ariel de Castro Alves.


Na noite de sexta, parentes e amigos do estudante fizeram um protesto na comunidade. A mãe do adolescente, a comerciante Zilda Regina de Paiva, afirmou que o filho “era uma ótima criança”. “Ele era criança, ele não era um homem ainda. Meu filho ninguém vai trazer de volta, mas o que eu queria era ele comigo”, afirma Zilda.

Roger, irmão de Gabriel, completa. “Ninguém está aguentando”, diz



O irmão dele, Alex Paiva, disse ao G1 que a família espera por Justiça. "O que a gente quer é paz. Estamos esperando que ele passe por uma nova avaliação em outro hospital de São Paulo". "Que tirem esse monstro de perto de nós, ele está prejudicando a formação das nossas crianças", afirmou a prima Loeni.


Roger Paiva, irmão de Gabriel, afirma que policiais têm fama de bater — Foto: Reprodução TV Globo


Roger Paiva, irmão de Gabriel, afirma que policiais têm fama de bater — Foto: Reprodução TV Globo


Adolescente que teria sido espancado por PMs é enterrado em SP | São Paulo | G1

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