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sexta-feira, 21 de abril de 2017

PM do Batalhão de Campo Grande é preso em ação contra milícia no Rio

07/08/2014 07h46 - Atualizado em 07/08/2014 12h09

PM do Batalhão de Campo Grande é preso em ação contra milícia no Rio

Até as 9h30, de 27 mandados de prisão, 17 haviam sido cumpridos.
Grupo é suspeito de atuar em condomínio do 'Minha Casa, Minha Vida'.

Do G1 Rio

Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) fazem desde o início da manhã desta quinta-feira (7), em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, uma grande operação contra a milícia que atua na região. Como mostrou o Bom Dia Rio, cerca de 350 agentes participavam da ação contra grupo que, entre os crimes apontados, criou uma máfia de exploração em um condomínio do programa "Minha Casa, Minha Vida", do Governo Federal. Até as 9h30, 18 pessoas haviam sido presas.
Dos 27 mandados de prisão, 17 haviam sido cumpridos (dois já estavam presos), incluindo contra um policial militar suspeito de chefiar a quadrilha. Uma pessoa que não era investigada também foi presa na operação por ter um outro mandado de prisão por assalto e fazia parte da quadrilha. A operação "Tentáculos" tem o objetivo de cumprir ainda 90 mandados de busca e apreensão.
O PM João Henrique Barreto, o Cachorrão, do 40º BPM (Campo Grande), foi preso por suspeito de comandar a milícia. A prisão ocorre dois dias após José de Lima Gomes, o Gão, também apontado pela polícia com um dos chefes da quadrilha, também ser preso. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), eles estariam no comando após a prisão do miliciano Toni Ângelo Souza de Aguiar, em 2013.
'Minha casa, Minha Vida'
De acordo com as investigações da polícia, o grupo de milicianos cobrava taxas de segurança, de energia, de TV a cabo e cestas básicas dos moradores de um condomínio do "Minha Casa, Minha Vida". Os que não pagavam poderiam ser expulsos de casa ou até mortos. O síndico também foi preso. Na residência de Ademir Horácio de Lima, foram encontradas anotações que fariam referência às pessoas que estavam em débito.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do Rio informou que, em razão da ampla área geográfica, a milícia diversificou o comando para dificultar as investigações e diminuir a exposição.
A ação teve apoio do Ministério Público (MP), Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança, Polícia Civil, Corregedoria Geral Unificada, Corregedoria da Polícia Civil, Corregedoria da Polícia Militar e Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária.
Ação de mílicias na região
Em abril deste ano, famílias beneficiadas pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, denunciaram ameaças e assassinatos comandados por milicianos na região de Campo Grande ao RJTV. Beneficiados pelo programa que receberam um imóvel no bairro teriam sido expulsos de residências em um condomínio na Estrada dos Caboclos. Os criminosos teriam ameaçado matar quem não obedecesse à ordem de deixar a casa.
Após a retirada dos moradores, os criminosos teriam colocado as residências à venda na internet. Segundo denúncias, eles faziam ameaças aos residentes quando o dono não pagava taxas cobradas pela milícia. A equipe de reportagem ligou para um dos anúncios dos milicianos, expostos na internet. Os avisos cobram ainda taxas de água, luz e gás, que chegam a até R$ 500.
“Ali, pagamento só à vista, tá? O imóvel tá em R$ 52 mil. A pessoa vai levar um documento que está comprando, né? Um contrato, que está comprando, a pessoa vendendo, vai assinar comprador e vendedor, a pessoa vai ter todos os documentos originais do imóvel, tá?”, disse um homem, que atendeu a ligação.
Em julho deste ano, outro homem acusado de chefiar milícias na região de Campo Grande foi preso. Charles Santos Pamplona, de 35 anos, foi capturado em Cosmos e um helicóptero foi usado para levá-lo até a Barra da Tijuca, onde fica a sede da DH. Na ocasião, informações da polícia davam conta de que ele era suspeito de ser um dos assassinos do agente penitenciário Anderson Terra dos Santos, em 2013.

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