Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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domingo, 16 de dezembro de 2012

GOVERNO REQUIÃO PUNE PROFESSORES

QUE DENUNCIARAM CORRUPÇÃO NO COLÉGIO BARÃO

Polícia agride professores e estudantes dentro do colégio


Policiais rodeiam a cabeça do professor Luiz Carlos de Freitas,deitado no chão,
com o rosto virado para o piso da Escola Estadual Barão do Rio Branco, em Foz do Iguaçu. 



No dia 20 de agosto veio a público uma portaria do Secretário de Educação Maurício Requião punindo 4 professores do Colégio Estadual Barão do Rio Branco de Foz do Iguaçu. A portaria determinou o remanejamento destes professores para outros colégios, por um período de 2 anos.
No final de 2005 o conselho escolar denunciou irregularidades envolvendo a administração do colégio, tais como: notas frias, notas de produtos que nunca deram entrada na escola, como alimentos, livros, bolas, notas de ônibus que nunca levaram alunos a Curitiba, etc. A situação era tão caótica que faltavam até bebedouros, papel higiênico e ventiladores nas salas. Depois de muita mobilização foi aberto processo administrativo para investigar a gestão 2004-2005 da então diretora. Os professores citados acima também tiveram que responder processo por ter levado os fatos à imprensa. As denúncias partiram do conselho escolar que é o órgão máximo da escola. Em síntese, a Secretaria de Educação usou a lógica de punir aqueles que denunciam a corrupção.
No final de 2006, após comprovar as irregularidades, a Secretaria de Educação demitiu a diretora. A partir daí, quem assumiu a direção uma diretora auxiliar, que na época contribuiu com as denúncias. Nos últimos dias a comunidade escolar foi surpreendida com o afastamento do colégio dos 3 professores e da diretora do colégio, que vinha desempenhando um bom trabalho, com transparência nas contas da escola, melhorias na estrutura física (ar condicionado, equipamentos, laboratório, etc) e com aprovação da grande maioria da comunidade escolar.
A grande maioria da comunidade escolar do colégio Barão se indignou com a punição aplicada contra aqueles que estavam defendendo a aplicação correta do dinheiro público. Entende-se como uma medida de retaliação às posições políticas assumidas por esse colégio que tem uma história de resistência às imposições do governo. Um exemplo disso foi a manutenção do Curso de Magistério em 1996, que teria sido fechado pelo governo Lerner caso a comunidade não se mobilizasse.


As fotografias enviadas por colaboradores ao MEGAFONE comprovam a versão. Relevam ainda o sorriso de um policial dentro do colégio (a foto, contudo, não revela o motivo da alegria) e o sangramento no braço do estudante Lucas Felipe.

Paralisação por tempo indeterminado

Após várias assembléias, a comunidade escolar decidiu por ampla maioria pela paralisação das aulas por tempo indeterminado e pela realização de manifestações públicas. O objetivo foi pressionar pela revogação da portaria do Secretário de Educação, o que garantiria a volta dos professores afastados. Cabe lembrar que, ao contrário do que diz o Núcleo Regional de Educação (NRE), a greve é um direito legal, garantido na Constituição Federal a todos os trabalhadores.
No dia 27 de agosto uma comissão de professores, um pai e estudantes do Colégio Barão chegou em Curitiba para tentar negociar com o Secretário de Educação uma solução para o problema do Colégio. Nesse mesmo dia uma nova assembléia no Barão decide continuar a greve. No dia 28 de agosto, enquanto a comissão aguardava uma audiência com o secretário em Curitiba, a chefe do NRE juntamente com a polícia militar foi ao Colégio Barão para acabar com a greve a todo custo, desrespeitando a decisão da comunidade escolar e um direito garantido na Constituição.

Agressão Policial

Ao contrário do que disse um programa de televisão, nenhum professor ou estudante agrediu os policiais, pelo contrário, vários estudantes foram agredidos pela polícia e um dos professores foi brutalmente espancado quando era levado a uma cela no fórum, tendo inclusive vomitado e duas costelas fraturadas. A reportagem do programa foi completamente mentirosa. Distorceu as imagens, mentiu que havia piquete no Colégio, que os professores quebraram móveis e outras barbaridades do gênero.
A ação da polícia foi quase uma operação de guerra: 12 viaturas no Colégio (uma delas da tropa de choque), armas de grosso calibre, cassetetes, armas sendo apontadas em direção aos professores. Toda essa truculência foi respaldada pela chefia do NRE que, mesmo com a solicitação de várias pessoas para impedir as prisões, nada fez para evitá-las. Para piorar, a chefia do NRE enviou para as escolas um documento mentiroso e deu declarações improcedentes na imprensa. É lamentável que uma chefia de Núcleo, que se diz educadora, possa agir de modo tão arbitrária!
No dia 31 de agosto tivemos mais uma retaliação: mais 3 professores e uma funcionária foram suspensos das suas atividades no Colégio, o que provocou mais revolta. Em assembléia, a comunidade escolar decidiu pela volta às aulas por acreditar que, após ter lutado tanto por justiça, não poderia continuar exposta a truculência da policia e ameaças do NRE.
O problema do colégio ainda não está resolvido, pois a revolta da comunidade é grande e continua mobilizada para o retorno desses professores. O que ocorreu no colégio Barão não é algo isolado: é um ataque à democracia e ao direito de greve que acontece em outras regiões do nosso país. A injustiça deve ser denunciada sempre, onde quer que ela ocorra. Só a luta do povo pode mudar essa realidade.

APP-Sindicato/Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu.



PMs agridem professores em Foz do Iguaçu | 28/8/07 | parte 1
Enviado em 03/09/2007 :
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 Vídeo gravado por estudantes através de um aparelho de telefone celular :: [...] a chefia do núcleo regional da Secretaria de Educação chegou à escola acompanhada por vários carros da Rotan (Ronda Ostensiva Tático Motorizada), e teria ordenado aos policiais que prendessem os professores. Dentro da escola, cinco policiais jogaram o professor Luiz Carlos de Freitas no chão. Agrediram-no e o algemaram. O também professor Jaime Farherr, ao socorrê-lo, também foi agredido e preso. Ambos foram levados para o fórum para prestar esclarecimentos. Lá, também foram agredidos. "Tenho marcas de agressão no braço, no pescoço e na testa.

 O Luiz foi espancado, quebrou duas costelas. Dentro do fórum, longe de testemunhas, os policiais o tiraram da viatura, deram socos no rosto e pisaram em cima dele", afirma o professor Jaime. Os professores detidos fizeram exames de lesões corporais no Instituto Médico Legal para comprovar as agressões. As fraturas no corpo de Freitas foram constatadas por exames de raio-x. [...] Saiba mais em: www.drrosinha.com.br 

PMs agridem professores em Foz do Iguaçu | 28/8/07  parte 2


 
Enviado em 03/09/2007 ::


PMs agridem professores em Foz do Iguaçu 28/8/07 | parte 3


 
Enviado em 03/09/2007 ::



PMs agridem professores em Foz do Iguaçu | 28/8/07 | parte 4
Enviado em 03/09/2007 ::








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