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domingo, 16 de dezembro de 2012

Taxista acusa cinco policiais por agressão física

Eronildo Coelho diz que foi agredido por PMs que estavam de folga e bêbados. Caso é denunciado a OAB

Taxista Eronildo mostra a camisa que usava ao ser agredido, que foi rasgada
Taxista Eronildo mostra a camisa que usava ao ser agredido, que foi rasgada (Antonio Menezes )
O 3º Batalhão da Polícia Militar (PM) no Município de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus) está apurando uma denúncia de agressão realizada por cinco policiais militares daquela unidade policial, no último dia 18. A vítima seria o taxista Eronildo Corodovil Coelho, que já levou o caso à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Amazonas (OAB-AM) e à Corregedoria Geral do Sistema de Segurança.
De acordo com Eronildo, por volta das 17h do dia 18, ao parar em um posto de combustível para abastecer sua motocicleta, encontrou no local dois colegas, também policiais militares, e decidiu cumprimentá-los. Enquanto conversava com os conhecidos, o taxista disse que, sem motivação alguma, começou a ser vítima de investidas caluniosas por cinco homens que bebiam no posto.
Segundo o taxista, os cinco homens eram policiais militares que estavam de folga naquele dia. Eronildo disse que ignorou os insultos. Mesmo assim, um dos PMs aproximou-se dele e começou agredi-lo com tapas e soco na região do pescoço. O taxista disse que pediu para que o militar o respeitasse, pois estava na presença de um filho de 5 anos de idade. Nesse instante, os outros soldados teriam começado a bater nele também, com socos na parte de trás da cabeça, chutes, tapas na região das costas, peito e nuca. “Cinco PMs bêbados, sem farda, me espancaram na frente do meu filho. Fui bastante agredido. Só pararam porque a população interferiu”, disse Eronildo.
O taxista disse que após as agressões, além das dores e hematomas, teve que suportar o medo de sofrer represárias. O advogado de Eronildo, Gedeon Rocha Lima, classificou os PMs de “monstros urbanos”.
Processo na PM apura denúncia
Eronildo Cordovil afirma que lutará por justiça, apesar de temer as ameaças que estaria sofrendo por parte dos soldados. Segundo ele, duas testemunhas que se dispuseram a depor contra os policiais estão sendo ameaçadas. “Me sinto ameaçado e injustiçado. Apanhei na frente dos meu filho, que na noite seguinte nem conseguiu dormir. O que eu quero é justiça. Estou muito preocupado com a minha família e meus filhos”, afirma o taxista, que tem filhos de 3, 6 e 11 anos de idade. “Queremos que haja transparência no trabalho da Polícia Militar, mas não queremos malandros na instituição”, completou o advogado de Eronildo, Gedeon Costa Lima. Advogado e cliente estavam essa semana em Manaus onde levaram o caso à OAB.
Na última quinta-feira, 26, o 2º tenente da PM Francisco Amazônidas Gomes informou que, após o registro do caso pelo taxista no 3º Batalhão, no dia 23 de maio, foi aberta uma sindicância para apurar a denúncia. Segundo o militar, um oficial foi designado para comandar o processo, que aguardava Eronildo retornar ao município para tomar o depoimento dele.
Segundo Francisco, caso seja comprovado o desviou de conduta dos militares, eles poderão ser punidos administrativamente. “Estamos aguardando ele retornar para Tefé, para ouvi-lo, juntamente das testemunhas e dos acusados. Uma coisa é denunciar outra é provar. Se for detectado o excesso, o desviou de conduta, os culpados serão punidos”, ressaltou o 2º tenente. O militar classificou a denúncia do taxista contra os PMs como um fato isolado. 

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