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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Médico tem o cotovelo quebrado

Publicado em 14 de agosto de 2012   |   Fonte: Roberto Nunes

E acusa policial...

Um policial civil é acusado de quebrar o cotovelo do médico Cleo Renato Santos de Campos, 66 anos, com golpes de capacete. O episódio ocorreu após um acidente de trânsito no dia 6 de agosto. A denúncia foi protocolada no Ministério Público no dia 8 passado.
O médico, um dos pioneiros da medicina em Rondonópolis, declarou ao MP que no dia 6 de agosto, por volta das 7 horas, trafegava com seu veículo Corola pela Rua José Barriga e, uma esquina antes da Avenida Frei Servácio, uma motocicleta, de cor preta, bateu na parte de trás do Corola. A colisão não provocou danos consideráveis em ambos os veículos.
Após a batida, o médico teria descido do carro para ver o que estava acontecendo. Momento em que, segundo ele, o condutor da moto foi em sua direção proferindo xingamentos. Em seguida, conforme a denúncia, deu três golpes de capacete no braço do médico, causando uma fratura no cotovelo do braço esquerdo.
“Com os golpes, eu cai no chão e o condutor da motocicleta tirou uma arma de fogo da  cintura e apontou em minha direção. Não tive nem chance de diálogo. Neste momento, a esposa do condutor que estava na garupa da moto na hora da colisão, interveio e abaixou a mão do policial, impedindo que ele atirasse”, relata o médico.
De acordo com o Dr. Cleo, mesmo sendo ferido, ele ainda se declarou médico e perguntou se o motociclista e esposa haviam se ferido, porém eles alegaram que não. Durante o ocorrido, o policial ainda teria retirado a chave da ignição do veículo para impedi-lo de ir embora. Porém, depois de alegar muita dor e a necessidade de ir para o hospital, a chave lhe foi entregue.
Conforme o médico, no momento do ocorrido, percebeu que o motociclista trajava uma camiseta preta com o emblema da Polícia Civil.


Mais tarde, quando o médico foi ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) registrar a ocorrência, teve que aguardar pois, segundo ele, alegaram que o sistema estava fora do ar. “No Cisc, vi o policial que me agrediu e uma recepcionista me confirmou que ele era policial civil da Delegacia de Vila Operária. Meu advogado se dirigiu a ele para perguntar o nome e ele passou o nome de ‘Ademar’. Porém, foi apurado que não existe policial com esse nome na corporação. Mas nós já conseguimos apurar quem é este servidor público”, disse o Dr. Cleo.


Em razão dos golpes que o médico sofreu, ele teve que passar por cirurgia e terá que ficar 90 dias de repouso. “Atualmente eu atendo a pacientes do Pronto Atendimento, Ceadas, Posto de Saúde Nossa Senhora do Amparo e no meu consultório. Ainda sou cirurgião e agora as cirurgias agendadas para os próximos meses não poderei realizar. Além disso, sou médico do União Esporte Clube e, caso o time venha a participar da Copa Governador, não poderei prestar atendimento ao clube”, lamentou o Dr. Cleo, que é médico do União desde a sua fundação.


Ele explica que levou o caso para o Ministério Público, onde as declarações foram recebidas pelo promotor de Justiça Marcelo Caetano Vacchiano, uma vez que, considera que uma pessoa violenta não pode continuar ingresso nas fileiras da Polícia Civil, “manchando a imagem da instituição que também tem servidores públicos comprometidos com a segurança da população”.
“Imagino que um policial violento como aquele que me agrediu já tenha cometido outras agressões. Se não cometeu, agora após me agredir, já abriu precedente para mais agressões caso não seja punido”, finaliza o médico.

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