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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Secretário de Segurança Pública diz que mecânico não era “criminoso”

CRIME

Secretário de Segurança.

Secretário de Segurança.
O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, disse ontem quinta-feira (4) que o mecânico executado na cidade de Vitória do Mearim, a 178 km de São Luís, não teve envolvimento com nenhum crime. O mecânico Irialdo Batalha foi assassinado por um vigilante da Prefeitura da cidade na frente de policiais militares.
Os policiais militares estão presos em São Luís, e o vigilante suspeito da execução do mecânico, que foi identificado como Luiz Carlos Machado, foi preso pelo Serviço de Inteligência da 13ª Companhia da Polícia Militar de Viana na noite dessa quarta-feira (3). Ele estava escondido em um quarto alugado no bairro da Forquilha, em São Luís.
De acordo com o secretário, testemunhas oculares não confirmaram que o mecânico tenha disparado contra a guarnição da Polícia. Ele também acrescenta que não há nenhuma constatação de envolvimento dele com a prática de roubo, situação essa revelada por meio das imagens.
“Nós temos o fato grave de que testemunhas oculares não confirmam que os motoqueiros tenham disparado contra a guarnição e segundo não confirma que tenha caído após a queda dele na estrada tenha caído alguma arma perto da vítima e terceiro não há nenhuma constatação de envolvimento deles com a prática de roubo, pelo o contrário, até agora não há nada que vincule a autoria deles contra a prática de roubo. Tanto que o juiz soltou o condutor da moto porque ele havia sido autuado não por roubo. Ele havia sido autuado por tentativa de homicídio e resistência em relação à guarnição e foi solto por decisão judicial”, esclareceu.
Sobre a participação do vigilante em uma operação policial, o secretário Jefferson Portela reprovou a atitude da unidade de policiamento do município maranhense. “Ele estava com uma aparência de policial. Isso é um erro da unidade local porque qualquer servidor municipal ou estadual cedido pela unidade de Polícia ele só pode exercer atividade administrativa interna. Jamais participar de procedimentos policiais. Ele não poderia está com a aparência de policial, muito menos armado e envolvido em uma ação policial, tanto que deu no que deu”.
Relembre
Na tarde do dia 28 de maio, Luiz Carlos acompanhava dois policiais militares em uma operação que visava interceptar dois suspeitos de serem assaltantes. Eles montaram uma blitz na BR-122, entre Vitória do Mearim e Arari. Irialdo e o amigo Diego Ferreira estavam em uma moto, não pararam na blitz e foram alvejados. Irialdo tinha 34 anos de idade, havia chegado do Pará há um mês e estava prestes a voltar.
No vídeo, Luiz Carlos Machado aparece atirando contra a vítima desacordada, junto com dois policiais militares que foram presos. A execução aconteceu em plena luz do dia. Luiz Carlos era funcionário da Prefeitura de Vitória do Mearim e estava cedido à Polícia Militar. (Do G1MA).

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