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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Cabo morta com família foi convidada por PMs para roubar caixas eletrônicos



A polícia trabalha com a hipótese do filho da cabo, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, ter assassinado familiares e se matado
Da Redação
A cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, 36 anos, assassinada com a família em São Paulo, foi convidada por PMs para participar de um roubo a um caixa eletrônico. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a afirmação foi feita pelo deputado major Olímpio Gomes (PDT), que também repassou a informação ao corregedor da Polícia Militar, coronel Rui Conegundes.
A polícia trabalha com a hipótese do filho da cabo, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, ter matado a mãe, o pai, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, 40, a avó e a tia-avó na casa da família. Depois do crime, o adolescente foi à escola e se matou ao retornar para casa, acredita a polícia.
Gomes disse à Folha que Andreia comunicou seu superior, o capitão Paganotto, sobre o convite para o roubo. Paganotto era o comandante da 1ª Companhia do 18º Batalhão e tentou investigar a denúncia, mas acabou sendo transferido para o 9º Batalhão. Segundo Gomes, os PMs citados pela cabo não foram punidos.
O tenente-coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão, disse na quarta em entrevista à rádio Bandeirantes que a cabo delatou colegas envolvidos em roubos a caixas. Dimas disse ainda não acreditar na possibilidade do adolescente ter executado os familiares. No entanto, chamado a depor na Corregedoria, ele voltou atrás e disse que se atrapalhou.
No começo desta semana, Dimas foi afastado do comando do 18º Batalhão. A PM não quis falar sobre o afastamento.
Cena comprometida
A casa onde a família foi morta não foi totalmente preservada após o crime, segundo a própria Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. "O departamento (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, DHPP) apenas confirmou afirmação da imprensa de que o local 'não estava totalmente idôneo'. Isso, evidentemente, não quer dizer que houve violação proposital da cena do crime", diz a nota.
Um dos parentes das vítimas, Sebastião de Oliveira Costa, 54 anos, afirmou que quando chegou à casa no dia do crime já estavam dentro do local pelo menos 30 PMs - e a perícia sequer havia chegado. Uma vizinha da família também descreveu o desespero do delegado Itagiba Franco, pedindo para que os peritos fossem logo ao local pois a casa estava cheia e não foi preservada.
Os PMs que entraram na casa antes da perícia serão chamados a depor.
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