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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Cinco anos depois, família quer reabrir caso Pesseghini


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Advogados dos avós paternos de Marcelo Pesseghini disseram ter procurado a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) para tentar reabrir o caso, cinco anos depois – o episódio aconteceu em 5 de agosto de 2013, na zona norte de São Paulo.
A investigação policial foi concluída em 2013. Nela, ficou entendido que Marcelinho, de 13 anos, baleou o pai e a mãe, ambos policiais militares, a avó materna e a tia-avó. Em seguida, ele se suicidou com um tiro na cabeça.
A arma usada foi uma pistola .40 da cabo Andreia Bovo Pesseghini. Todas as vítimas estavam dormindo, segundo a polícia. Os vizinhos, no entanto, disseram não ter ouvido os disparos que mataram o menino, Andrea, Luís Marcelo Pesseghini, sargento da Rota, a avó materna Benedita de Oliveira Bovo e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva.
O motivo do crime, segundo o laudo psiquiátrico, foi uma doença mental que levou Marcelinho a acreditar que era personagem de um game, um assassino profissional.
Em entrevista ao G1, no entanto, os avós não acreditam que tenha sido o neto. “Choro muito ainda. Ele jamais iria fazer isso com a mãe dele, o pai dele e os avós”, afirma Maria José Uliana Pesseghini, de 68 anos.
A advogada Roselle Soglio afirma que já encaminhou documentos à OEA que comprovariam a inocência de Marcelinho. “Nesses cinco anos que se passaram, a população toda sabe que houve uma injustiça em relação ao caso Pesseghini”, diz.

O QUE DIZ A POLÍCIA

A polícia informou ter depoimentos e laudos de balística que comprovam que o garoto matou a família e se suicidou. Após matar a família com a arma da mãe, Marcelinho pegou o carro dela e o dirigiu até a rua do colégio onde estudava. Câmeras de segurança gravaram o veículo chegando e o adolescente saindo dele.
Ele dormiu dentro do automóvel e então foi para a aula. Lá, contou para os amigos que havia matado a família, mas ninguém acreditou nele. Em seguida, pegou carona com um amigo e voltou para casa, onde se matou.
No entanto, a advogada da família alega que um perito particular aponta ter ocorrido “manipulação” em vídeo usado para culpar o menino pela chacina.
À época do crime, Roselle comentou que a mãe de Marcelinho pretendia revelar a seus superiores na Polícia Militar a descoberta de um esquema de corrupção envolvendo policiais militares.
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