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domingo, 19 de março de 2017

GNR abre processo a militar que faz filmes porno

É militar da Unidade de Intervenção da GNR, no quartel da Pontinha (Odivelas), e nos tempos livres tornou-se ator pornográfico, com o nome artístico Frank Stone.




o caso veio agora a público e o guarda viu ser-lhe aberto um processo disciplinar para averiguar se infringiu normas de conduta e regulamentos ao exercer aquela atividade paralela. Entretanto, está de baixa médica a aguardar os desenvolvimentos.
Numa busca na Internet, Frank Stone surge em vários filmes pornográficos editados nos últimos dois anos, como "Operárias do sexo", "A dois é mais barato", "Apanhadas no quarto escuro", "Portuguesas sem vergonha" e, mais recentemente, "As Ronaldas", da produtora portuguesa de conteúdos para adultos Pornlowcost, esta última película inspirada no campeonato europeu de futebol. O elemento policial, na casa dos 30 anos, protagoniza cenas de sexo hardcore, sem problemas em ser reconhecido.
Contactada pelo JN, fonte do Comando-Geral da GNR confirmou que ao haver conhecimento da situação, algo que terá ocorrido não há muito tempo, "foi levantado um processo disciplinar, que está em fase de instrução". Sem adiantar mais pormenores, a mesma fonte acrescentou que o objetivo é apurar se houve alguma violação de valores e deveres militares.
Tem de informar hierarquia
O guarda não se encontra atualmente de serviço, por ter pedido baixa médica após a instauração do processo. Há indicações de que, além dos filmes, participou em "shows" eróticos, como uma edição do Eros Porto.
O estatuto da GNR estabelece, entre outras normas, que os seus profissionais devem "abster-se de exercer atividades incompatíveis com o decoro militar" e outras "de natureza lucrativa", bem como "recusar a nomeação para qualquer cargo, comissão, função ou emprego, público ou privado", tudo isto se não obtiverem autorização prévia da instituição. Ou seja, os militares são obrigados a comunicar à hierarquia - e ficam dependentes do seu aval - sempre que pretendam exercer outra profissão remunerada. Tal não terá acontecido neste caso.
Se o processo disciplinar concluir pela existência de alguma infração, o guarda arrisca sanções que podem passar por repreensão, suspensão, transferência ou, num extremo, a expulsão.
No dia de ontem, foram várias as reações nas redes sociais. Uns condenaram a carreira paralela do militar da GNR na indústria porno, lembrando a obrigação de zelar pela imagem da força policial, outros consideraram "nada haver de mal", por não colidir com a sua atividade profissional e ser uma forma de o militar ter um rendimento extra para equilibrar "o baixo salário".

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