Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Cotidiano

29/08/2012 ÀS 18:08Abuso de autoridade

Jovem denuncia ao Ministério Público que sofreu agressões de policiais militares em blitz

De acordo com Railton Almeida, por volta do meio-dia policiais militares teriam lhe abordado, dirigido xingamentos e lhe algemado sem motivos.

Um jovem recorreu ao Ministério Público de Floriano nesta terça-feira (28/08), para fazer uma denúncia contra uma operação policial militar que aconteceu na última segunda-feira (27/08), próximo a ponte que liga os municípios de Floriano e Barão de Grajaú.
Imagem: ReproduçãoRailton Almeida.(Imagem:Reprodução)Railton Almeida.

De acordo com Railton Almeida, por volta do meio-dia policiais militares teriam lhe abordado, dirigido xingamentos e lhe algemado sem motivos. “Estava voltando do meu trabalho por volta das 12h00 e fui abordado por uma blitz, eles mandaram parar e parei a minha moto como procedimento, só que além deles mandarem parar eles apontaram armas para mim, fizeram diversos xingamentos, e depois de terem apreendido a moto eles ainda usaram abusos, falaram palavras de baixo calão, me agrediram, me algemaram sem ter nenhum motivo e me levaram para a delegacia como se eu fosse realmente um bandido, no qual não sou." disse Railton.

"Eu acredito que se o intuito deles é proteger a população, eles estão fazendo errado porque eles estão de certa forma está aterrorizando a população, porque isso que aconteceu comigo eu acredito que ocorre com várias pessoas e nenhuma dessas pessoas tem a capacidade de denunciar este tipo de ocorrido. É uma situação constrangedora e de certa forma é muito ruim ser exposto ao ridículo como eu fui exposto, um trabalhador honesto que não tem nenhuma passagem ou vínculo com coisas erradas. Então é uma situação que eu quero justiça, e quero que se resolva da melhor forma possível” acrescentou ainda a vítima.

Com relação a afirmação feita pelo Coronel Lisandro, de que a "suposta vítima" teria ameaçado os policiais. Railton negou essa afirmação do coronel. “Eu não ameacei, até mesmo porque ele estava com a arma apontada para mim, e eu não teria como fazer nenhum tipo de ameaça a uma pessoa que está apontando uma arma de uma distância que ele estava. Ele falou realmente palavras de baixo escalão e sim eu falei pra ele, "a única coisa que me faz respeitar o senhor nesse momento é a farda que o senhor está vestindo, mas se o senhor não estivesse com essa farda o senhor não seria homem para fazer o que está fazendo"”, falei essas palavras e eu acredito que tenha irritado ele, mas não faltei com o respeito de forma nenhuma”, disse o Railton Almeida.

O Coronel Lisandro Honório falou sobre a suposta agressão e disse: “O Sr. Railton Almeida desacatou o soldado Duarte (do Grupo Tático) em cima da ponte que vai para Barão de Grajaú e tento retornar, então quem fura a barreira policial é suspeito. Como ele tinha o porte avantajado dizendo que lutava várias artes marciais e ameaçou de quebrar meu soldado de pau, disse que ia quebrar ele de taca, ameaçou e desacatou, e ainda estava errado sem a habilitação."

No dia do ocorrido Reilton foi conduzido para a Central de Flagrantes e feito o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência). O coronel acrescentou ainda que: "Quero dizer que a gente tá trabalhando no meio do sol quente, aí a pessoa vem, desacata, esculhamba meu policial e eu não admito isso não, de jeito nenhum. Ele pode procurar os direitos dele aonde ele tiver direito, mas a gente trabalhando, cumprindo nosso dever e vem a pessoa com deboche dizendo que o policial só é policial quando é fardado. Nós somos policiais 24h por dia e não admito esse tipo de deboche com meu policial. Infelizmente, o Railton pra atrapalhar o nosso serviço que dentro da ordem estava tudo sem problema, não foi encontrado nada, nosso interesse era os veículos que estavam entrando no estado, não foi notificado moto ou carro de ninguém, nosso objetivo era apreender armas, drogas e pessoas procuradas pela justiça, e esse rapaz veio e cometeu essa alteração”, ressaltou o comandante do 3º BPM.
Imagem: ReproduçãoCoronel Lisandro Honório.(Imagem:Reprodução)Coronel Lisandro Honório.

O representante do Ministério Público, o promotor Edimar Piauílino, disse que o fato chegou ao conhecimento MP, e afirmou que entrou em contato com o delegado e orientou que o mesmo tomasse as cautelas para ouvi-lo e também submeter aos exames de corpo de delito, inclusive fotografando os hematomas e escoriações eventuais que fossem constatadas no corpo da suposta vítima.
Imagem: ReproduçãoPromotor Edimar Piauilino.(Imagem:Reprodução)Promotor Edimar Piauilino.

O promotor ainda disse que recebeu denúncias anônimas confirmando que um policial de forma exaltada dava dando socos na vítima. “Houve excesso, houve abuso de autoridade e nós vamos investigar essa situação e a Polícia Militar tem todo apoio do Ministério Público nas suas operações, mas desde que não haja abuso, truculência, não se exerce autoridade com autoritarismo e nem com a força física, se exerce autoridade com respeito, sobretudo ao cidadão. A Polícia tem um papel importantíssimo na manutenção da ordem, agora ela não pode exacerbar no exercício de suas atribuições”, disse o promotor. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário