Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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terça-feira, 29 de setembro de 2015

PM é indiciado por ataque a tiros em bairros de Mogi das Cruzes, diz SSP
Policial está afastado da rua, diz Corregedoria; investigação continua. Suspeito foi indiciado por homicídio doloso de três jovens.
18/07/2015 16h43 - Atualizado em 20/07/2015 12h07
Por Jamile Santana
Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Local da chacina em Mogi das Cruzes (Foto: Reprodução/TV Diário)Ataque a tiros matou jovens na Vila Caputera
e Jundiapeba (Foto: Reprodução/TV Diário)
Um policial militar do 32º Batalhão da Polícia Militar, de Suzano, foi indiciado por homicídio doloso pela morte de três jovens no dia 24 de janeiro deste ano, no bairro Caputera . No mesmo dia, outras duas pessoas morreram baleadas em Jundiapeba. Na ocasião, a Polícia Civil negava que havia relação entre as mortes, já que este foi um dos seis ataques registrados em Mogi das Cruzes entre novembro e julho deste ano. A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) de São Paulo informou na tarde deste sábado (18), que o caso segue em investigação.
O nome do suspeito não foi divulgado. Em nota, a SSP informou ainda que com o indiciamento, "o inquérito será concluído e encaminhado à Justiça". De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, o soldado está afastado do policiamento nas ruas, exercendo funções administrativas. O delegado Marcos Batalha, titular da Seccional de Mogi das Cruzes, informou que "o caso segue em investigação e as diligências prosseguem".
O delegado Marcos Batalha informou que o policial militar trabalha no 32º BPM/M e foi indiciado por homicídio doloso referente às mortes de três jovens, no dia 24 de janeiro deste ano, no bairro Caputera, em Mogi.
As mortes aconteceram na madrugada do dia 24 de janeiro, no Caputera. Ivan Marcos dos Santos Souza, de 21 anos, morreu na porta de casa enquanto esperava a entrega de esfirras que havia encomendado. Os outros dois mortos são: Cristian Silveira Filho, de 17 anos e Lucas Tomas de Abreu, de 20 anos. No mesmo dia, outros dois jovens morreram após serem baleados em Jundiapeba.
O delegado admitiu pela primeira vez na tarde da última quarta-feira (15) que os ataques a tiros registrados em Mogi das Cruzes nos últimos oito meses estão relacionados. Ele disse ao G1 que, as munições usadas pelos atiradores, além dos veículos e o modo de execução, foram os mesmos."São os mesmos suspeitos que agiram nestas execuções. Todas estas coincidências, além da forma como os crimes foram praticados, levam a crer que foram feitos pelas mesmas pessoas", disse Batalha sem revelar a quantidade de suspeitos identificados.
Questionado sobre uma possível participação de policiais nas execuções, o delegado informou que ainda não era possível adiantar informações sobre os suspeitos. "O que posso dizer é que determinei que essa investigação seja feita com todo o rigor, independentemente de quem seja o suspeito. Fizemos uma força tarefa e a Delegacia Seccional está focada neste caso", informou.

Balanço
Em oito meses, 20 pessoas morreram em ataques semelhantes. A onda de ataques em Mogi já é responsável por 36% de todas as pessoas assassinadas no município entre novembro de 2014 e abril deste ano. O levantamento não leva em conta as três mortes da última quarta-feira, porque a estatística oficial deste mês ainda não foi divulgada.
 
Corpo de Tiago Nogueira Novaes é recebido por amigos e parentes no cemitério (Foto: Maiara Barbosa/G1)Tiago Nogueira Novaes foi enterrado
no cemitério da Saudade, em Brás Cubas
(Foto: Maiara Barbosa/G1)
Histórico
O último ataque foi no dia 8 de julho, quando cinco pessoas foram baleadas e três morreram. Segundo testemunhas, dois homens passaram atirando em uma moto por volta das 15h, na Rua Professor Gumercindo Coelho, no Jardim Universo. As vítimas tinham entre 15 e 25 anos.
O último ataque a tiros na cidade havia acontecido no dia 27 de maio, em Jundiapeba, quando seis pessoas foram baleadas e duas morreram. Desde novembro do ano passado, a polícia já registrou 17 mortes e outras 13 pessoas foram baleadas e sobreviveram a ataques. Segundo a polícia, as vítimas são homens, a maioria deles jovens.
Um ataque ocorrido no dia 27 de abril, matou seis pessoas e deixou duas feridas. Uma das vítimas foi atingida na Rua Gumercindo Coelho, a mesma onde um jovem de 16 anos foi ferido na noite desta quarta-feira. Na ocasião, além do crime na via, a polícia registrou ataques na Vila Nova União, Caputera e Conjunto do Bosque. A distância entre os endereços é de apenas 12 quilômetros. O intervalo entre os assassinatos foi de menos de duas horas.
Marcas na Rua Gumercindo (Foto: Maiara Barbosa/G1)Marcas na Rua Gumercindo em ataques em abril.
(Foto: Maiara Barbosa/G1)
Em 24 de janeiro, cinco pessoas foram mortas durante a madrugada em diferentes bairros de Mogi das Cruzes. A primeira ocorrência foi por volta da 1h30 na Rua Waldir Carrião Soares, no Caputera. De acordo com informações do boletim de ocorrência, a PM foi chamada e quando chegou ao local encontrou três pessoas mortas por arma de fogo. Ainda de acordo com a polícia, além dos três mortos, duas pessoas ficaram feridas.
Mais tarde, por volta das 3h10, os crimes foram nas esquinas da Avenida Líbia com a Rua José Pereira, em Jundiapeba. Duas pessoas morreram: um homem de 29 anos e um adolescente de 14.
Na madrugada de 24 de dezembro de 2014, seis pessoas foram baleadas. Os crimes ocorreram em três locais diferentes, no distrito de Jundiapeba e na Vila Cintra, em um intervalo de uma hora. Segundo informações da Polícia Militar, testemunhas disseram que nos três casos os disparos partiram de criminosos que estavam em um gol branco.
Em 21 de novembro de 2014, quatro pessoas morreram e uma ficou ferida após serem baleadas na Vila Natal. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram atingidas na esquina entre as ruas Vicentinos e Laurentino Alves dos Santos, por volta das 19h30.
Caso aconteceu na esquina de duas ruas de Mogi das Cruzes. (Foto: Cristina Requena / G1)Local onde ocorreu a chacina da Vila Natal em novembro de 2014 (Foto: Cristina Requena / G1)


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COMENTÁRIOS
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  • Marilene Vali
    HÁ 2 MESES
    Já que não existe justiça neste país, apenas os menores que põe o terror, alguém tem que nos defender desses supostos usuários de drogas.
    • Valdenir
      HÁ 2 MESES
      Bem que a maioria dos que morreram nao valia nada fez foi um favor.....
      Mogi das Cruzes e Suzano
      versão clássica
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