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sábado, 25 de julho de 2015

Policiais Que Trabalhavam Com Casal De PMs Mortos Serão Investigados.


São Paulo
Policiais que trabalhavam com casal de PMs morto serão interrogados
Polícia Civil quer descobrir como era a vida pessoal do casal Pesseghini. Policiais que atenderam a ocorrência também serão interrogados.
13/08/2013 11h10 - Atualizado em 13/08/2013 13h29
Por Tatiana Santiago
Do G1 São Paulo
A Polícia Civil pretende ouvir nos próximos dias os policiais militares que trabalhavam com o casal Andrea e Luís Pesseghini. O sargento da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e a cabo foram mortos entre a noite de domingo (4) e a madrugada de segunda (5) na casa onde moravam, na Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo.
O filho do casal, o adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, é suspeito de matar os pais, a avó e uma tia e em seguida cometer suicídio. Cada um foi morto com um tiro na cabeça, disparados de uma pistola da PM que pertencia a Andreia.
A delegada Elizabeth Sato, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), quer interrogar os colegas de trabalho das vítimas para descobrir como era a vida pessoal do casal e conhecer o perfil dos mortos.

"Quero interrogar os parceiros do casal para saber quem eles eram. Também quero ouvir os policiais que foram os primeiros a chegar à cena do crime", afirmou na manhã desta terça-feira (13). A delegada quer saber quem entrou na casa logo após os corpos serem descobertos e como era o cenário encontrado pelos policiais militares.
Ninguém prestou depoimento na manhã desta terça. A expectativa é que, durante a tarde, a diretora do Colégio Stella Rodrigues, onde Marcelo estudava, e um colega de classe compareçam ao DHPP, no Centro de São Paulo.
Nesta segunda (12), o Instituto de Criminalística de São Paulo recebeu cinco celulares, um computador e um tablet da família Pesseguini. Os peritos vão analisar as ligações feitas e recebidas pelos ocupantes da casa entre a noite do dia 4 e a manhã do dia 5. Quatro pessoas foram ouvidas nesta segunda: um tio-avô do menino, um policial que trabalhava como pai dele, a mãe de um aluno e o aluno.
Crime em família SP 08/08 (Foto: Arte/G1)
Já  se sabe que o celular do policial tinha duas ligações não atendidas, feitas por um oficial da Rota, que comandaria um pelotão até a região de Presidente Prudente. Ele estranhou que o sargento não apareceu no batalhão.  Dos computadores, a perícia vai verificar se Marcelo Pesseghini deixou alguma mensagem ou se apagou algum arquivo no dia em que a família inteira morreu.
Os médicos legistas já sabem a posição e a distância dos tiros que mataram as cinco pessoas. Mas ainda não concluíram qual foi a sequência das mortes.

Exames como a concentração de substâncias químicas podem dar essa resposta. Alguns não podem ser realizados pelos laboratórios da Polícia Científica e devem ser feitos na Universidade de São Paulo (USP). Por causa disso, os primeiros laudos sobre o local do crime e a análise dos corpos só devem sair na semana que vem.
A polícia já ouviu 21 pessoas. Nesta segunda-feira foi a vez do tio-avô do menino prestar depoimento.

Até agora a polícia afirma já ter certeza que depois dos crimes, Marcelo dirigiu o carro da mãe até a escola de madrugada, assistiu às aulas, voltou pra casa de carona e se matou.

Também sabe que o menino tinha adoração pelo pai. Depois de uma semana fechada, a escola onde Marcelo estudava reabriu as portas e retomou as aulas.
Laudo
No sábado (10), peritos do IC relataram ao SPTV que o sargento da Rota foi morto dez horas antes das demais vítimas. A informação é baseada na análise das manchas de sangue e constará no laudo do Instituto de Criminalística que será entregue à Polícia Civil.
Exames preliminares da Polícia Civil já apontavam a sequência de mortes na residência da Rua Dom Sebastião. Primeiro teria morrido o pai do garoto, depois a mãe, a cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, em seguida, a avó dele, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos.
A Polícia Civil quer ouvir também duas vizinhas da família do garoto. Uma delas teria presenciado por diversas vezes Marcelo colocando e tirando o carro da garagem da casa onde ocorreram os crimes.
A outra vizinha, segundo Franco, relatou a uma emissora de televisão ter visto um carro rondando a casa da família Pesseghini. A polícia tenta ainda localizar outras duas vizinhas que teriam ouvido os tiros e outros colegas de Marcelo. Para a Polícia Civil, Marcelo é suspeito de assassinar a própria familia e depois se matar.
O delegado geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazec, disse que a investigação ainda não está concluída. "A linha de investigação principal ainda é a autoria atribuída ao menino. O caso ainda não está concluído, aguardamos os laudos a fim de que eles possam ou não comprovar de forma concreta esta tese", disse Blazec.
Na quinta-feira (8), um policial militar ouvido no DHPP disse que o sargento da Rota havia ensinado o filho a atirar. O delegado Itagiba Franco, que coordena as investigações, informou que Marcelo tinha 1,60 metro e não era um garoto franzino - ele teria condição de manipular a arma. A testemunha disse ter presenciado uma dessas "aulas de tiro", que ocorriam em um estande na Zona Sul da capital paulista.
O PM, que morava na mesma rua da família, também informou ao DHPP que o sargento e a mãe do jovem ensinaram o filho a dirigir automóveis e que o garoto tirava o carro da família todos os dias da garagem. O automóvel foi localizado na rua onde o garoto estudava e a polícia investiga se ele dirigiu até lá, assistiu à aula e só depois retornou para casa e se matou
O procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, designou os promotores Norberto Joia e André Luiz Bogado Cunha para acompanhar as investigações sobre as mortes da família na Zona Norte. Os promotores deverão acompanhar Franco em todas as oitivas.
Motivação
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo disse na quinta-feira que as investigações buscam, agora, a motivação do crime. Questionado se existe a possibilidade da participação de outra pessoa no crime, Blazeck informou que essa “não é uma questão fechada”. “Dependemos dos laudos para confirmar isso. Por enquanto, continua a versão inicial”, disse, em relação ao envolvimento apenas do garoto de 13 anos nos assassinar. os
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