Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

quinta-feira, 16 de julho de 2015

SEGURANÇA PÚBLICA

PM expede ofício com ordem para economizar munição

Ordem foi dada após revogação de contrato com empresa que recarregava balas

OPERAÇÃO VILA SAO JOSE
Assessoria garantiu que não falta munição usada em patrulhamento
PUBLICADO EM 16/07/15 - 03h00
O comando da Polícia Militar de Minas Gerais revogou o contrato com a empresa que fornecia munição recarregável para a corporação. Como resultado, a chefia enviou, na última segunda-feira, um memorando para os batalhões suspendendo eventos comemorativos e treinamentos de militares ainda não agendados. Apesar de o documento citar as chamadas munições reais (novas), que seriam as únicas usadas nas ruas, a assessoria da corporação garantiu que o contrato com a empresa que fornece essas balas está vigente e sem nenhuma restrição.

O texto – assinado pelo coronel Laércio dos Reis Gomes, que responde interinamente pela chefia do Estado-Maior – explica que a revogação foi feita por causa das “sérias dificuldades” financeiras do Estado e da consequente necessidade de contenção de despesas. O coronel afirma ainda que ela foi necessária porque o estoque da munição nas unidades da PM está em estado “crítico”. “A DAL (Diretoria de Apoio Logístico) foi obrigada a reduzir a produção de munição recarregada, mantendo o estoque mínimo capaz de suprir apenas a demanda já preestabelecidos”, diz a mensagem.
Procurado, o chefe da sala de imprensa da PM, major Gilmar Luciano, garante que o corte é provisório e que os efeitos devem se estender por cerca de quatro meses, para quando ele promete a contratação de uma nova empresa para o serviço. Para o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas (Aspra), sargento Marco Antônio Bahia, no entanto, o prejuízo à formação dos militares é imensurável.
“Isso é muito preocupante e compromete nossa atuação militar. O policial se coloca em risco e faz o mesmo com toda a população. Em meus 27 anos de Polícia Militar, é a primeira vez que eu vejo uma contingência dessa magnitude. O treinamento de tiro é essencial. Até a respiração do policial enquanto ele atira pode afetar seu desempenho”, justificou.
A assessoria da corporação informou que no período em que ficar sem a empresa, a munição será fabricada pela equipe técnica da PM, que não consegue produzir o material em larga escala – por isso há o contingenciamento. Enquanto o problema persiste, os policiais terão apenas treinamento teórico.
“Assim que normalizar a munição, os policiais terminam a prova de tiro. Ele só vai ser apto quando terminar a prova de tiro”, afirmou o major Gilmar Luciano.
Viaturas estão sem manutenção

A falta de estrutura da Polícia Militar se reflete também nas viaturas. Como O TEMPO antecipou, desde o fim do contrato com a empresa que fazia manutenção nos veículos, em janeiro de 2014, o serviço fica a cargo do batalhões, que recebem uma verba extra, considerada insuficiente pelos militares. De lá para cá o número de veículos parados tem crescido – segundo dado da Aspra, o percentual já chega a 40%.

Após a reportagem mostrar o problema, o comando da PM anunciou que terceirizaria novamente o serviço. No dia 23, será realizada uma audiência para dar publicidade ao edital de licitação para a locação e manutenção de 2.650 novas viaturas.
Entenda o uso das balas pela corporação
Preparo. A PM ministra dois tipos de treinamento: um dentro dos batalhões, realizado uma vez por ano, e outro feito a cada dois anos, concentrado na Academia de Polícia Militar.
Fabricação. A Diretoria de Apoio Logístico da PM tem condições técnicas de fabricar essas munições para treinamento, mas, segundo o major Gilmar Luciano, chefe da sala de imprensa, como eles não conseguem produzir o material em grande escala, foi feita uma licitação. A empresa que fabricava a munição era responsável pela maior parte do suprimento – o montante não foi informado.
Munição. Gilmar Luciano garantiu que a munição contingenciada é apenas a recarregada. Ela seria “exclusiva para o treinamento militar” e não é usada nas ruas. A munição nova, chamada de “real”, é fabricada por outra empresa, chamada Imbel e hoje sem nenhuma restrição de contrato, conforme garantiu o policial.
Questão legal
ContratoA PM não confirmou até o fechamento desta edição se o contrato foi encerrado por falta de verba ou se ele chegou ao fim, nem a data de seu encerramento. No ofício, há a expressão “revogado”.

COMENTÁRIOS (3)

Thiago<br />Lobato
Thiago
Lobato
Primeiro tem que achar policial militar nas ruas coisa que é artigo de luxo. Salve a época da copa onde se viam guardas abundantemente pelas ruas, mesmo que estáticos como uma estatua porem estavam lá. Passaram a responsabilidade para os protetores de praças e patrimônios vulgo: Guarda Municipal e se esconderam sabe-se lá onde. Segundo, apesar de dificilmente um policial irá disparar a arma da corporação e isso se funcionar, não deveria ser colocado em jornal uma informação dessas. Já somos diariamente ensinados a não reagir a assaltos e viver como cordeirinhos à merce de bandidos, apesar do governo federal assaltar a gente absurdamente com impostos. Brasil, tá todo errado!
Responder -  - 2 - 4 horas atrás
Andre
Andre
Meu deus do céu. Agora já não da mais pra culpar o psdb, né PimenTel? Isso é o Pt, cancela contratos pra renegociar em seus termos e coloca a segurança da população em risco! Que absurdo! Vão cancelar agora os contratos de hospitais e merenda de crianças também? Os contratos de publicidade continuam né? Dinheiro pra falar mal do governo anterior na Globo tem de sobra!!
Responder -  - 0 - 5 horas atrás
Hamilton<br />Sthil
Hamilton
Sthil
É por essa e outras que o crime está cada vez mais organizado, Será que traficantes e bandidos passam por esse problema? 
Responder -  -

Nenhum comentário:

Postar um comentário