segunda-feira, 24 de junho de 2013
Ainda sobre o vandalismo
Por Nélio Azevedo
Ao se ver diante das manifestações o aparato policial age da mesma forma que agia há 40 anos, os governantes e os comandantes das polícias ainda têm em mente que o Estado está em perigo a partir do momento que o povo se une e pede um Estado mais justo.
Pouco adianta o governo ir à TV e rádios e anunciar que medidas paliativas serão tomadas para conter essas manifestações, eles têm que ouvir essas vozes e se lembrarem de que são os seus patrões, ou seja, o povo, que estão exigindo que sejam cumpridas as promessas feitas em campanha. Exigências que, se não forem cumpridas, as manifestações irão continuar e chegarão aos palanques onde essas promessas são o carro-chefe dos discursos dos candidatos.
Muitos se arvoram a denunciar e se indignar com os atos de vandalismo perpetrados por alguns manifestantes e, que são motivo de preocupação e de ação da polícia, mas, o que se vê é todo aparato policial sendo usado para proteger prédios e monumentos, não há nenhuma ação para impedir que os tais vândalos depredem o patrimônio particular e saqueiem lojas. Vimos diversas cenas de excesso da parte dos policiais, principalmente contra transeuntes e gente em atitude pacífica enquanto os mais exaltados agiam à vontade.
Essa ênfase nos noticiários em relação ao vandalismo me faz lembrar as cenas dos militantes do MST derrubando pés de laranja no interior paulista, pessoas que se escandalizam e se sensibilizam somente com pés de laranja sendo arrancados, com vidraças sendo despedaçadas e veículos sendo incendiados costumam não se indignarem com os assassinatos de trabalhadores rurais; não se indignam com o péssimo estado dos serviços de saúde, transporte e segurança. Morrem de pena do patrimônio depredado e se esquecem que depredação maior vem sendo cometida há séculos, contra o maior patrimônio desse país: O POVO.
Depredação é o que os políticos têm feito com o dinheiro público, com as inúmeras ambulâncias abandonadas em pátios escondidos; depredação é o que as quadrilhas de empresários e políticos têm feito com as verbas destinadas às obras públicas; vandalismo é o que famílias de políticos conhecidos de longa data tem feito na espoliação de vários estados da federação; banditismo são os conluios entre parentes de prefeitos e governadores têm levado a cabo na administração de concessões de serviços que os estado abriu mão em nome de privatizações e terceirizações fajutas.
Pouco caso e omissão diante do discurso do senador Cristovam Buarque para um Congresso vazio no meio da tarde de uma quinta-feira em que ele diz mais ou menos o que eu digo aqui.
Se estão roubando, depredando e causando tanto horror às pessoas cabe à polícia impedir e prender os responsáveis, aliás, muitos deles já são conhecidos da polícia, são bandidos procurados que a polícia não consegue alcançar, estão sempre a uma distância que o braço curto da lei teima em não chegar. São pessoas que sempre tiveram liberdade para desafiar a lei e continuam soltos por ai, ao contrário dos manifestantes ordeiros que estão ao alcance do jato de spray de pimenta, dos cassetetes, do gás lacrimogêneo e das balas de borracha.
O Estado ainda não entendeu que essa gritaria das ruas é contra esse modelo de Estado falido e corrupto que, a exemplo do Estado Sírio, insiste em dizer que os rebeldes é que são os criminosos, de tanto acreditarem em si, acabam por ter que aniquilar o povo.
Ao se ver diante das manifestações o aparato policial age da mesma forma que agia há 40 anos, os governantes e os comandantes das polícias ainda têm em mente que o Estado está em perigo a partir do momento que o povo se une e pede um Estado mais justo.Pouco adianta o governo ir à TV e rádios e anunciar que medidas paliativas serão tomadas para conter essas manifestações, eles têm que ouvir essas vozes e se lembrarem de que são os seus patrões, ou seja, o povo, que estão exigindo que sejam cumpridas as promessas feitas em campanha. Exigências que, se não forem cumpridas, as manifestações irão continuar e chegarão aos palanques onde essas promessas são o carro-chefe dos discursos dos candidatos.
Muitos se arvoram a denunciar e se indignar com os atos de vandalismo perpetrados por alguns manifestantes e, que são motivo de preocupação e de ação da polícia, mas, o que se vê é todo aparato policial sendo usado para proteger prédios e monumentos, não há nenhuma ação para impedir que os tais vândalos depredem o patrimônio particular e saqueiem lojas. Vimos diversas cenas de excesso da parte dos policiais, principalmente contra transeuntes e gente em atitude pacífica enquanto os mais exaltados agiam à vontade.
Essa ênfase nos noticiários em relação ao vandalismo me faz lembrar as cenas dos militantes do MST derrubando pés de laranja no interior paulista, pessoas que se escandalizam e se sensibilizam somente com pés de laranja sendo arrancados, com vidraças sendo despedaçadas e veículos sendo incendiados costumam não se indignarem com os assassinatos de trabalhadores rurais; não se indignam com o péssimo estado dos serviços de saúde, transporte e segurança. Morrem de pena do patrimônio depredado e se esquecem que depredação maior vem sendo cometida há séculos, contra o maior patrimônio desse país: O POVO.
Depredação é o que os políticos têm feito com o dinheiro público, com as inúmeras ambulâncias abandonadas em pátios escondidos; depredação é o que as quadrilhas de empresários e políticos têm feito com as verbas destinadas às obras públicas; vandalismo é o que famílias de políticos conhecidos de longa data tem feito na espoliação de vários estados da federação; banditismo são os conluios entre parentes de prefeitos e governadores têm levado a cabo na administração de concessões de serviços que os estado abriu mão em nome de privatizações e terceirizações fajutas.Pouco caso e omissão diante do discurso do senador Cristovam Buarque para um Congresso vazio no meio da tarde de uma quinta-feira em que ele diz mais ou menos o que eu digo aqui.
Se estão roubando, depredando e causando tanto horror às pessoas cabe à polícia impedir e prender os responsáveis, aliás, muitos deles já são conhecidos da polícia, são bandidos procurados que a polícia não consegue alcançar, estão sempre a uma distância que o braço curto da lei teima em não chegar. São pessoas que sempre tiveram liberdade para desafiar a lei e continuam soltos por ai, ao contrário dos manifestantes ordeiros que estão ao alcance do jato de spray de pimenta, dos cassetetes, do gás lacrimogêneo e das balas de borracha.
O Estado ainda não entendeu que essa gritaria das ruas é contra esse modelo de Estado falido e corrupto que, a exemplo do Estado Sírio, insiste em dizer que os rebeldes é que são os criminosos, de tanto acreditarem em si, acabam por ter que aniquilar o povo.
Sou a favor e sempre participei das manifestações públicas em favor do estado democrático de direito, o direito de se manifestar é um direito humano e universal como também é um direito constitucional, direito esses que sempre foram alvo de censura pelos meios de comunicações e políticas de governos, não é que o "povo acordou-se" é que o povo brasileiro no seu passado foi duramente censurado pelo golpe militar de 64-88 onde a mídia e os meios de comunicações serviam de espionagem para os políticos ditadores.
O povo em estado de revolta não cometem vandalismo, mais destroem e depedrão aquilo que lhe pertence, vandalismo são os atos inconstitucionais promovidos pelos os representantes políticos do povo, como: corrupção, mensalão, privatização, leilão, vendas de terreno público, desvio do dinheiro do povo para os "pagamentos da divida externa" arrocho salarial, desvio do dinheiro da educação pública para educação privada, abandono da saúde, abandono do serviço público.