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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

“Vaza, negão!”:policiais agridem jovem motivados por racismo

“Vaza, negão!”:policiais agridem jovem motivados por racismo

Agressão ocorreu durante o 24º Festival Internacional de Teatro Universitário

19/07/2011

Elaine Tavares

Foi assim. Na branca Blumenau, Santa Catarina, noite de frio. A cidade vivia um evento de Teatro e havia muita gente de fora. Mas ninguém imaginava que aquilo iria acontecer, afinal, há quem acredite que este é um país de “democracia racial”. Não é. Nunca foi. Por isso que dois policiais militares se acharam no direito de agredir violentamente um homem pelo simples fato que era um negro e ousara falar como “gente” com eles.
Alexandre de Sena é um mineiro de Belo Horizonte que começou sua vida de trabalhador aos 16 anos, na Rede Ferroviária Federal. Mas o corpo magrinho sonhava com outros cenários. Queria ser ator. Então, foi fazer curso de teatro no Palácio das Artes e, ali, naquela casa de cultura e arte, descobriu também a música. A vida seguiu e ele é hoje um dos DJs mais festejados de BH, trabalhando com música de qualidade. Mas o teatro não saiu da vida e ele vai unindo tudo isso num processo criativo que não tem fim.
E foi por isso que veio parar em Blumenau, no 24º Festival Internacional de Teatro Universitário – FITUB. O dia tinha sido bom, cheio de beleza cênica e artística. Quando a noite veio, ele foi com dois amigos a uma loja de conveniências, onde outros fregueses se divertiam. Mas, ao que parece, em Blumenau, aglomeração de seres humanos – diferentes doscitadinos - é sinônimo de confusão. Vai daí que chegou uma viatura, com dois policiais, aos berros, mandando todo mundo sair dali.
Alexandre esperava os amigos que estavam dentro da loja e tentou argumentar com os homens fardados. Mas, aos gritos de “vaza, negão”, eles começaram a empurrar. Alexandre fincou pé e disse que não era assim que se tratava um homem de bem. Não foi preciso mais nada. Vieram os socos, os tapas, os pontapés. Não satisfeitos, os soldados ainda espancaram a cabeça de Alexandre com o cabo de uma escopeta. O jovem DJ pode até ter perfurado um dos tímpanos.
Feito isso, os policias se foram como se tivessem esmagado um verme. Para eles, não era gente. Era um negro, logo, podia ser feito saco de pancadas, sem que nada acontecesse. Alexandre é negro, sim, e um homem de bem. Foi na delegacia, prestou queixa, fez exame de corpo de delito, apresentou denúncia na corregedoria. Tudo o que deve ser feito. Seus colegas fizeram uma passeata na cidade, no dia seguinte, junto com outros manifestantes. Expressaram a revolta por viver num país que ainda expressa cotidianamente o racismo.
Ser negro no Brasil ainda é uma dureza, sim. O racismo velado, espiando pelas frestas, o racismo concreto que aparece na rua, na favela, na periferia. O racismo real que toma conta dos servidores públicos, que é o que são os soldados da PM. Esse racismo existe e se faz presente toda hora. Um negro não pode falar, não pode andar na rua à noite, não pode estar bem vestido numa esquina. “Vaza, negão!” Essa é a ordem.
O que passa é que a gente não aceita mais isso. Não haverá silêncio. Por Alexandre e por todos os negros deste país. Que ninguém mais permita coisas como essas. Nem em Blumenau, nem em lugar algum.

Comentários


fico muito triste.
esse "cambé"se acha muito homem só porque está com uma farda, uma arma e pode falar o que quiser quando esta abordando alguem. isso acontece aqui em bh tambem,principalmente aqui na zona norte. força primo sua familia esta contigo nessa!!!

Racismo
Não é por nada não, mas aki em BH não se vê coisas do tipo: Fora negro! como já vi, pixado num muro de uma cidade do RJ. Não quero dizer com isso, que em BH não exista racismo, mas me parece que aki é mais tranquilo, esse tipo de coisa.

Os fatos devem ser apurados
A notícia não esclareceu bem o motivo do chamado dos policiais a loja de conveniência. Ou seja, por mais que se saiba que existem casos de racismo, soa simplista ou absurdo que a polícia tenha sido chamada a loja porque havia uma pessoa de cútis negra. Sinceramente, esta história está mal contada. De todas as maneiras, deve ser repudiada a atitude dos policiais quando chamaram a pessoa por "negao", isto é questão de respeito. E que denota outro problema, a falta de preparo e profissionalismo dos nossos policiais.

Comentário
Sou de SC, conheço Blumenau e só tenho a lamentar este fato que, infelizmente, não acontece só em Blumenau; que também é uma cidade com muitos cidadãos que , certamente, também repudiam esse tipo de comportamento... recebi o link com essa  notícia de uma amiga que mora na Franca...

A polícia é racista sim, e
A polícia é racista sim, e existem diversar ong's que há anos vêm denunciando essa prática, quando se é negro, mora na periferia, já se aprende desde cedo que não pode olhar na cara do policial, tem que chamar de senhor, não pode abaixar a mão, mesmo que vc seja estudante ou trabalhador o risco de se aparecer numa vala sem identificação é muito grande...  Sem contar que levar uns tapas, coronhadas, é muito comum... 

Cidade NAZISTA
Blumenau é uma ciade nazista, e se vangloria disso toda vez que enche a boca pra dizer que é a cidade mais alemã do Brasil. Tenho vergonha de ter nascido nessa cidade, onde o preconceito, e arrogância fazem parte do cotidiano.

Polícia...
Na minha opinião, quem conhece o modus operandi de boa parte da policia sabe que o cara teria sido espancado mesmo se fosse branco...
Muita gente entra pra polícia pq sofreu bullying na escola, pq tem problemas com a familia, etc., enfim, pq quer descontar injustiças e frustrações em alguem...

O racismo é um fato, mas a violência policial não está necessariamente ligada a ele.

Que texto cheio de
Que texto cheio de clichës.... Blumenau não é mais "branca" faz décadas...
A PM é violenta sim, mas querer dizer que isso foi "racismo" já é demais. 

Racismo
Que me desculpe o Rogério, mas vc deve ser branco e não sabe o que é ser Negro neste nosso pais. Racismo não existe só em Blumenau. é no Brasil inteiro.  Vou convidar vc para dar uma olhada nas periferias de sua cidade e vc irá constatar o que é Racismo. Só vendo é que vc irá acreditar. Grande abraço. João Luiz.

"Clichê" é você vir aqui
"Clichê" é você vir aqui dizer que "vaza, negão" não é racismo, ainda mais quando vindo de um agente que era para ser da segurança. Tanto é verdade que o racismo é mascarado no Brasil que alguém se permite tachar de mero "clichê" fatos lamentáveis como esse ocorrido em Blumenau.

comentários
Se isso não é racismo é o que então??

Hahan
Não foi racismo não, champs, foi mera conhecidencia... Também é mera conhecidencia os dados do mapa da violencia, e outros que apontam que o número de negros mortos em crimes de violencia (principalmente policial) é quase sempre o dobro ou mais do que o numero de brancos que sofrem com esse mesmo crime. Pena não termos a mesma "sorte" de entrar nas universidades, nos cargos públicos, etc... Essa conhecidencia sempre fode nós, pretos. Engraçado, né?

Bom seu espertão se isso não
Bom seu espertão se isso não foi racismo foi o que?  Diversidade???

Se o DJ fosse branco num carro importado teria sido tratado da mesma forma?

Clichê é a sua cegueira.

"Vaza negão",policiais agridem jovem motivados pelo racismo
É um absurdo um país com tanta pluralidade se prender ao racismo.Há diferença por todo este país, seja ele social, racial, cor, religião.
Agredir um jovem,estudante sem nenhum motivo aparente, apenas o racismo embutido nos policais, é o cúmulo da desordem, visto que policiais devem trazer a paz e não a violência.Indignação é a palavra certa para tal fato.

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