Sobre agressão a preso por policial...
Profissionais de dois jornais e duas emissoras de TV relataram incidente ocorrido na Central de Polícia no dia 21 de dezembro
| Sandro Alberto Gomes @SandroGomes_ND Joinville |

Heverton Luiz Rodrigues (E) foi agredido por policial a paisana
Vinte dias após a agressão cometida por um policial militar à paisana contra um preso algemado, na Central de Polícia do Boa Vista, na terça-feira (11) jornalistas que presenciaram a cena prestaram depoimento na Delegacia da Polícia Civil do bairro Aventureiro e foram ouvidos pela Corregedoria da Polícia Militar de Joinville. A princípio, o policial receberá uma punição por violação de conduta, mas não corre o risco de ser detido ou desligado da corporação.Ao longo da tarde, a jornalista Lisandra Oliveira (RBS), Roelton Maciel (A Notícia), Roberta Silveira (RIC Record) e Sandro Gomes (Notícias do Dia) revezaram-se nos depoimentos. Foram unânimes em relatar a tortura ao preso, crime considerado hediondo, que fere os princípios constitucionais e universais dos direitos humanos. O policial Sandro Robson Fernandes, responsável pela agressão e o preso Heverton Luiz Rodrigues também foram ouvidos pela corregedoria.
De acordo com o capitão Ricardo Ribeiro, que coordena o Inquérito Policial Militar, o policial admitiu ter agredido o preso por estar nervoso. “Ele disse que estava de cabeça quente e se arrependeu”, comentou brevemente o capitão. Delegado da Polícia Civil que cuida do caso, Paulo Campos dos Santos reforçou que a agressão não poderia ter acontecido em hipótese alguma, principalmente pelo fato do preso já estar algemado e “entregue” na Polícia Civil, portanto sob a tutela do Estado.
Era dia 21 de dezembro e profissionais da imprensa foram avisados pelo serviço de comunicação da Polícia Militar sobre a prisão de um homem suspeito de cometer dois assaltos em frente a duas agências bancárias. As equipes de reportagem se deslocaram para a Central da Polícia Civil do bairro Boa Vista, para onde o homem seria levado pelo Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT).
Antes da chegada da viatura, um policial à paisana chegou ao local. Pediu para que quando o preso chegasse, nada fosse filmado ou fotografado, pois sua mulher teria sido uma das vítimas do suposto assaltante. “Ele assaltou minha mulher, meteu um revólver na cara dela. Vou descer porrada nele”, disse, visivelmente transtornado.
Publicado em 13/01-13:45 por: Aldo Urban.
Atualizado em 04/12-12:03
Atualizado em 04/12-12:03

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