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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Justiça volta a condenar policiais civis de Uberlândia presos na Operação 'Serendipe'

Operação foi deflagrada em junho de 2016 e, desde então, 18 policiais foram presos pelo MP e sentenças proferidas.

Por G1 Triângulo Mineiro
 
Justiça voltou a condenar policiais civis presos na Operação "Serendipe", em Uberlândia, em junho de 2016. De acordo com a sentença do juiz Paulo Roberto Caixeta, da 4ª Vara Criminal da cidade, sete policiais foram condenados. Os crimes citados na sentença divulgada nesta terça-feira (7) são de corrupção passiva, falsidade ideológica, tráfico de drogas, fraude processual e associação criminosa. A sentença é em 1ª instância e cabe recurso.
As primeiras condenações dos presos na Serendipe começaram neste ano. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), outras sentenças devem sair até 2018. A operação "Serendipe" teve como foco a investigação de desvios de conduta por parte de policiais civis de Minas Gerais. A primeira fase foi deflagrada em 23 de junho de 2016 em Uberlândia.
Veja todos os condenados, crimes e sentenças desde o inicío da operação:
  • Bernardo Pena Salles: delegado da Polícia Civil condenado a 19 anos e sete meses em regime fechado por corrupção passiva, falsidade ideológica, tráfico de drogas, fraude processual e associação criminosa.
  • Fabrício Alves Rocha: investigador condenado a 28 anos e dez meses em regime fechado por corrupção passiva, falsidade ideológica, tráfico de drogas, fraude processual e associação criminosa.
  • Fernando Rodrigues Silva: policial condenado a 15 anos e oito meses em regime fechado por corrupção passiva, falsidade ideológica, tráfico de drogas, fraude processual e associação criminosa.
  • Rodolfo Cardoso Ribeiro: investigador condenado a 36 anos em regime fechado por corrupção passiva, falsidade ideológica e associação criminosa.
  • Rodrigo Luiz Felix Borges: investigador condenado a 41 anos e oito meses por corrupção passiva, falsidade ideológica e associação criminosa.
  • Rogério Bonfim de Almeida: investigador condenado a nove anos e cinco meses em regime fechado por falsidade ideológica.
  • Jonas Franzão Ferreira: policial condenado a cinco anos e quatro meses em regime semi-aberto.
A todos os policiais também foi sentenciada a perda dos cargos públicos e foi negado o pedido para responder o processo em liberdade. A produção do MGTV entrou em contato com as defesas dos réus Bernardo Pena Salles, Rodolfo Cardoso Ribeiro, Fernando Rodrigues Silva e Rodrigo Luiz Felix Borges, que informaram que vão recorrer das decisões.
Os advogados dos demais réus não foram encontrados para falar sobre as sentenças. Todos os policiais sentenciados no processo estão na Casa de Custódia da Polícia Civil em Belo Horizonte.
Promotes Daniel Marotta e Adriano Bozola falam sobre operação Serendipe em Uberlândia (Foto: Bárbara Almeida/G1)
Promotes Daniel Marotta e Adriano Bozola falam sobre operação Serendipe em Uberlândia (Foto: Bárbara Almeida/G1)

Operação 'Serendipe'

A operação "Serendipe" teve como foco a investigação de desvios de conduta por parte de policiais civis de Minas Gerais. A primeira fase foi deflagrada em 23 de junho de 2016 em Uberlândia e a última finalizada em julho de 2017. O promotor Daniel Marotta explicou o envolvimento dos policiais durante toda a operação.
"Tudo começou quando descobrimos que uma quadrilha de roubo de carga com sede em Uberlândia pagava propina para policiais civis com o objetivo de não serem presos. Ainda no ano passado, prendemos alguns policiais de Uberlândia e Uberaba envolvidos no caso e agora a última fase terminou com a prisão de mais quatro investigadores que atuavam em Belo Horizonte", explicou Marotta.
Os números finais da Operação "Serendipe" são: prisão de 18 policiais civis, nove lotados em Uberlândia, cinco lotados em Uberaba e quatro lotados em Belo Horizonte. Além disso, foram deflagradas mais de dez ações penais.
Eles são acusados pelo MPMG por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e permanecem presos na Casa de Custódia em Belo Horizonte.
De acordo com os promotores, os policiais faziam uma investigação paralela à da Polícia Federal (PF) e mapeavam duas organizações criminosas que atuavam no roubo de cargas na região. Em seguida, faziam o flagrante dos criminosos e os subornavam para que pudessem ser liberados, forjando o boletim de ocorrência.

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