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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Justiça aceita denúncia contra três PMs suspeitos de tortura no DF

03/04/2014 20h28 - Atualizado em 03/04/2014 20h29


Vítima sabia identidade de policiais envolvidos com tráfico, diz denúncia.
Suspeitos, que respondem pelo crime de tortura, negam acusação do MP.

Do G1 DF

A 4ª Vara Criminal de Brasília aceitou denúncia da Corregedoria da Polícia Militar e do Núcleo de Tortura do Ministério Público do Distrito Federal contra três PMs suspeitos de torturar um morador de rua no dia 2 de janeiro de 2013. À época, os policiais trabalhavam no Grupo Tático Operacional (GTOp), no 1º Batalhão da Asa Sul.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os PMs torturaram o morador de rua Ronniely Medeiros de Sousa, conhecido como Pernambuco, para que ele ficasse em silêncio sobre a identidade de policiais envolvidos com tráfico de drogas na região.
No dia do suposto crime, de acordo com o MP, Geraldo Braz Costa Júnior, de 37 anos, Sidney Gomes Pereira, de 35, e Hamilton Castro da Silva, de 34 anos, abordaram o morador de rua, o algemaram e o conduziram a vítima para um matagal próximo a Vila Telebrasília.
No local, de acordo com os promotores, Ronniely foi cruelmente agredido com chutes e socos no rosto e nas costas, gás de pimenta e teve o pé perfurado com um pedaço de ferro. Ele ainda foi submetido a choques elétricos no pescoço e no braço com uma pistola taser. Segundo o MP,  os policiais ameaçaram Ronnielly de morte e recolheram a carteira e os documentos dele.
O caso veio à tona depois que a vítima procurou a Corregedoria da PM após a agressão. Um laudo do IML descreve marcas e ferimentos compatíveis com o que foi relatado pelo morador de rua.
A polícia examinou a pistola taser e constatou que o equipamento foi usado pelos policiais denunciados, no dia e no horário em que o morador de rua aponta ter sido torturado. Além disso, o serviço de rastreamento da viatura confirmou o trajeto e os horários descritos pela vítima.
Os três suspeitos respondem pelo crime de tortura, com o agravante de serem funcionários públicos. Se condenados, os policiais podem perder os cargos e ainda pagar indenização para a vítima.
O advogado dos três policiais, Bruno Eduardo Soares, informou que seus clientes são inocentes. Os policiais negam as acusações e dizem que nada do que está na investigação é verdade. O Comando da corporação não se pronunciou sobre o caso.

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