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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Versões para o crime contra o juiz Alexandre Martins serão apresentadas no júri

Embora haja a versão de que o crime foi de mando, no início do processo o promotor Florêncio Herzog teria dito em conversa reservada com a mãe de um dos acusados que o crime foi latrocínioFolha Vitória
Redação Folha Vitória
O juiz Alexandre Martins foi morto nas proximidades de uma academia em Itapoã, Vila Velha
O juiz Alexandre Martins foi morto nas proximidades de uma academia em Itapoã, Vila Velha
Foto: TV Vitória
Na época o juiz chegou a afirmar para a imprensa que teria sofrido ameaças por sua atuação frente à Vara de Execuções Penais.
Embora haja a versão de que o crime foi de mando, no início do processo o promotor Florêncio Herzog teria dito em conversa reservada com a mãe de um dos acusados que o crime foi latrocínio, roubo seguido de morte. 
A conversa do promotor, obtida pela revista Veja, está em uma gravação de 80 minutos que deverá ser apresentada durante o júri. A prova foi periciada por Ricardo Molina, um dos peritos mais respeitados do país, tendo atuado, inclusive, no caso PC Farias.
O Ministério Público será representado pelo promotor João Grimaldi, que semana passada tentou desqualificar a gravação.Mas o juiz que presidirá o Tribunal do Júri, Marcelo Soares Cunha, negou o pedido do MP e alegou que os acusados têm direito à ampla defesa.
O juiz prevê que o julgamento popular do coronel da reserva da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira e o empresário Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calu, dure aproximadamente cinco dias, ou seja, até o dia 28 de agosto. Nos demais dias de julgamento, o juiz pretende trabalhar das 8h30 às 21 horas.
O processo possui mais de sete mil páginas, em 31 volumes e 39 anexos. O assassinato ocorreu em março de 2003. Desde então, o Poder Judiciário já julgou e condenou os executores e os intermediadores do crime.
O Cineteatro da UVV possui 200 lugares e justamente por ter mais assentos e ser um local mais amplo é que o juiz transferiu a realização do Júri do Fórum da Prainha para a UVV. Além das senhas que serão distribuídas para o público interessado em assistir ao júri, haverá credenciais para os familiares, para magistrados e senhas para a imprensa.
Segue abaixo trecho da conversa obtida por Veja:
Promotor - Essa questão toda, esse trabalho de execração pública... eu falo negócio, eu falo crime organizado
Mãe de Calu - Que absurdo isso!
Homem - Mas não tem nada a ver crime organizado com esse processo
Promotor - Eu sei, não vai ter, não tem?... Não tem pra uma pessoa normal, mas pra imprensa, do jeito que esse Tribunal tá levando o negócio, tá de sacanagem, tá de bandalheira...quem que não quer?
Mãe de Calu - Uma coisa como mãe que tá pedindo ao senhor, pelo amor de Deus, julga de acordo com os autos que estão lá...Não se deixa levar pela imprensa, por favor, é um pedido de mãe
Promotor - Porque... se fosse por minha convicção, já tinha saído desse processo, já. Porque eu acho que esse não foi crime de mando, isso é um latrocínio

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