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quinta-feira, 20 de março de 2014

Tenente-Coronel da PM defende tortura

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Contra policiais que pegam propina e condena ação do Exército no RJ

Edição de Segunda-feira do Alerta Total http://alertatotal.blogspot.com/

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Por Jorge Serrão
A sinceridade pode custar cara ao tenente-coronel Antônio Washington Borges Germano, comandante do Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE) — responsável pelo patrulhamento da Avenida Brasil e da Linha Amarela , na pacata cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Em reunião no batalhão, no dia 17 de abril, Germano manifestou sua vontade de torturar policiais que recebem propina.

O tenente-coronel Germano também bateu de frente com a insistência do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) em pedir ao presidente Lula da Silva o envio das Forças Armadas para combater os bandidos no Rio de Janeiro. Na instrução aos subordinados, Germano advertiu: “Quem gosta de escutar que as Forças Armadas vêm pra cá e não se indigna deve ir pra outro canto, neném. Não fica aqui, não. Aqui é pra quem gosta. Pra quem nasceu. Tá me indignando escutar isso aí”.

O Governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), aliado de Lula da Silva, pode exonerar hoje o militar cargo, depois da revelação, pelo jornal O Dia, do conteúdo gravado de suas preleções aos subordinados. Afinal, quem costuma falar verdades no setor público acaba punido. As declarações de Germano também batem de frente com a retórica do comandante-geral da PM, Ubiratan Ângelo, que apóia Cabral. Germano entrou para a PM em 1983. Foi comandante do Grupamento Tático- Móvel (Getam), em 2003 e 2004, e do Batalhão Ferroviário, em 2005 e 2006.

Triste constatação do PMNo discurso aos subordinados, o tenente-coronel Germano reclama dos policiais que fazem negociatas com tabela de R$ 10 e R$ 20:

Como tá na democracia, eu só posso punir. Minha vontade, se tá na ditadura militar, é botar tomando choque elétrico a noite inteira. O meu sonho é voltar essa ditadura. Você botava tomando choque a madrugada toda, não precisava punir, não. Choque e porrada. Bota ele a noite inteira. Magnésio... os mais novos nem sabem o que é magnésio. Magnésio, segura uma ponta e... (trecho inaudível). Treme que nem perereca. Mas o que eu posso fazer? Tem que seguir os limites da lei. E a gente vai cumprir os limites da lei. Como é que eu vou pagar advogado de defesa para me defender de tortura, que é um crime inafiançável?”.

Questionado pela reportagem do jornal O Dia, Germano alegou que não é a favor de tortura,apesar de ter saudades de “alguns aspectos” do regime militar:

O culto ao símbolo nacional, o civismo, o ensino público, os índices de criminalidade eram melhores”.

Realmente, extrapolei. Mas jamais ajo fora da lei”.

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