Foto: Alex Falcão / Futura Press
Foto: Alex Falcão / Futura Press
 
O que já sabia quem é do ramo começa a vir a público depois de mais quatro homicídios na noite da quarta-feira,17, na região de Osasco e Carapicuíba: há um esquadrão da morte operando em várias áreas da capital e da Grande São Paulo. E crescem os indícios de quem seriam, de que corporação seriam os integrantes.
 
Em entrevista ao SPTV da Tv Globo, o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Maurício Blazeck, afirmou não existirem dúvidas de que quatro assassinatos nos municípios de Osasco e Carapicuiba, na noite da quarta-feira,17, foram praticados “pelas mesmas pessoas”.
 
O que Blazech não disse, até porque a polícia deve trabalhar com provas absolutas e inquéritos sigilosos, é que “essas mesmas pessoas” estariam envolvidas não apenas nos últimos quatro homicídios nessa área de Osasco e Carapicuíba.
 
O módus operandi é o mesmo que se viu ao longo de todo o ano passado. Homens encapuzados, quase sempre de touca ninja, eventualmente de capacete, saem de um carro com chapa fria ou de motos. E matam.  
 
O que se sabe, e policiais não podem dizer em público, é que em certas áreas da Grande São Paulo vigora uma regra: para cada policial militar morto devem morrer 10 do outro lado. No ano passado, cerca de 100 policiais militares foram assassinados no Estado. E isso, a retaliação indiscriminada e acintosa, já é uma enorme indicação de onde estariam alojados o que levam à retaliação: em algum canto da própria PM.
 
O caso é espinhoso, mas pode puxar a meada do morticínio desde o início de 2012, em especial na área da Grande São Paulo. No ano passado, cresceu em 34% o número de assassinatos na capital, com 1.368 mortes. Em todo o Estado o aumento foi de 15%, com 4 mil 833 homicídios.