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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Policiais podem estar envolvidos com quadrilha que invadiu Itamonte
Policiais podem estar em meio aos integrantes da quadrilha de roubo a bancos com atuação em Minas e em São Paulo parcialmente desmantelada na última sexta-feira no Sul de Minas. A suspeita foi aventada pelo secretário de Segurança Pública paulista, Fernando Grella, e confirmada pelo delegado João Eusébio Cruz, chefe do 17º Departamento de Polícia Civil de Minas. Dez pessoas morreram em conflitos cinematográficos com a polícia desde a madrugada de sábado no Sul de Minas – ao menos nove deles eram integrantes do bando.
A suspeita é que policiais possam ter ajudado o grupo com informações privilegiadas e facilitando as ações dos suspeitos em pequenas cidades. “Isso tudo está sendo investigado sim, mas ainda não podemos adiantar nada”, afirmou Cruz. “Já houve casos recentes da participação de policiais, e é lamentável. Porque isso não é policial. É um criminoso mais perigoso porque dá cobertura aos outros criminosos por conta da sua posição, da sua função”, disse Grella.
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| Um dos marginais morreu ao lado da máscara de palhaço que usaria no crime |
Até o momento, seis pessoas foram detidas. Como a suspeita é que o grupo seja formado por cerca de 30 integrantes, a polícia ainda investiga o paradeiro dos outros bandidos. Nessa segunda, novas operações foram realizadas em Minas e São Paulo, mas sem presos.
Em entrevistas a emissoras de televisão, a advogada de alguns dos presos criticou a atuação da polícia. “Foi uma chacina e não uma operação. Eles teriam ido até Itamonte com a intenção de roubar bancos e não de matar ninguém no meio da madrugada”, afirmou Elisabeth Pezzuol. Os criminosos estavam fortemente armados, com máscaras e coletes à prova de balas. Ela foi procurada durante toda a tarde, mas não atendeu o celular.
Identificação. Uma equipe de policias passou o dia em São Paulo coletando informações sobre o grupo. “Ainda não certificamos nenhum autor como sendo mineiro. Todos os integrantes conhecidos da polícia são de Mogi das Cruzes e outras cidades da Grande São Paulo. As apurações ainda vão se arrastar por um bom período. Essa quadrilha é muito maior que o número de pessoas presentes na operação e era uma das mais atuantes do Brasil”, contou o superintendente de Investigações da Polícia Civil, Jeferson Botelho.
A polícia também apura a participação do grupo em outros crimes. Além de depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas, além de exames de balística. “Vamos fazer o possível para saber quais crimes essa quadrilha realmente efetuou no Estado. Eles não podem ficar impunes”, acrescentou Botelho.
Fonte: O tempo

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