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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

MPSC vai analisar vídeo em que policial militar defende agressão cometida por PM contra estudantes

Em uma publicação na rede social, agente da corporação justificou ação do colega e criticou protesto que pedia responsabilização do agente público. A Polícia Militar afirmou nesta quinta-feira que manifestações particulares não representam, necessariamente, a opinião da instituição.


 Por G1 SC e NSC TV

 

Buzinaço é realizado em Lages em apoio às vítimas agredidas por PM


A 10ª Promotoria de Justiça do Ministério Público afirmou na manhã desta quinta-feira (6), que irá analisar um vídeo que circula nas redes sociais no qual um policial militar defende a atitude de um PM flagrado agredindo estudantes universitárias com um cassetete em Lages, na Serra catarinense. De acordo com o MPSC, que apura o caso de agressão, serão analisados possíveis atos criminosos ou de improbidade que podem ter sido cometidos.

Na publicação, o policial militar diz que o agente tentou separar uma briga entre a esposa e as estudantes, sem mencionar as agressões.

"Como pai de família, ele agiu correto, sim! Nenhum preço é alto demais a se pagar para defender a sua família (...) Então, não vem pra cima de mim dizer 'ah, que o policial está errado, porque como policial ele tem que ter calma'. Ele não estava agindo como policial, ele estava agindo como pai de família. (...) Essa é a minha opinião, não acho que ele agiu errado", disse ele no vídeo.

Grupo faz buzinaço e pede responsabilização de PM flagrado em vídeo agredindo universitárias dentro de apartamento em SC

Mulheres são agredidas com cassetete por policial militar em apartamento de Lages; VÍDEO


No vídeo, o agente também critica o buzinaço realizado na terça que pedia a responsabilização do policial investigado pela violência. No protesto, os carros percorreram as ruas da cidade, do campus da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), onde as vítimas estudam, até o Batalhão da Polícia Militar.

"Faz alguma coisa de importante na sua vida em vez de fazer carreata para vagabundo, carreata para cachaceiro! Larga a mão de ser Zé Ruela, rapaz. Só quem é boca aberta de esquerda é que pensa nisso aí. Quem é de direita vai fazer alguma coisa de útil!", declarou ele.

O vídeo termina com as imagens das agressões praticadas dentro do apartamento. Na gravação, é possível ouvir uma delas pedindo para que o policial parasse com as agressões. "Para de bater nela! Pelo amor de deus!", diz uma delas.


De acordo com o MPSC, os fatos podem ser apurados dentro da mesma notícia de fato, que já investiga o caso das agressões às jovens, ou em uma nova investigação. Caso apresentem indícios de ilícitos, eles podem ainda ser encaminhados à Polícia Civil ou à Polícia Militar para serem investigados.

Na manhã desta quinta, a Polícia Militar de Santa Catarina afirmou que "respeita seus policiais e as suas manifestações particulares, não representando necessariamente a opinião da instituição. Todo policial, mesmo fora de serviço, está sujeito aos valores institucionais e as normas da legislação vigente".


Polícia Civil e Ministério Público vão apurar agressão de PM a universitárias dentro do apartamento delas em SC


Violência a estudantes


A violência foi registrada em dois vídeos divulgados nas redes sociais, que mostram o agente batendo nas jovens com um cassetete dentro do apartamento delas, na noite de segunda (3). As estudantes moram no mesmo prédio do policial, localizado no bairro Coral. Quatro das vítimas moram no apartamento, e uma quinta jovem estava no local.

Três delas tiveram hematomas. As vítimas, de 21 e 23 anos, fizeram exame de corpo delito, registraram um boletim de ocorrência e estão sendo acompanhadas pela Secretaria de Assistência a Mulher de Lages.

Segundo relato de uma das vítimas, a discussão começou porque elas comemoravam a aprovação do trabalho de conclusão de curso (TCC) de uma das moradoras e estavam ouvindo música até as 22h, quando o policial bateu com o cassete na porta e invadiu o apartamento.

"Às 22h a gente parou com a música, temos tudo documentado. A gente não permitiu a entrada dele no apartamento. Aí começou o que os vídeos por si só já mostram", contou uma das jovens.
Em relação ao procedimento que apura as agressões sofridas pelas estudantes, o MPSC disse que solicitou informações às polícias Militar e Civil. De acordo com o órgão, a Polícia Militar respondeu informando que instaurou um procedimento. Em relação à Polícia Civil, ainda se aguarda uma resposta.


A promotoria tem prazo de 30 dias para decidir se abrirá inquérito sobre a violência contra as jovens ou se fará um termo circunstanciado, podendo ser prorrogado. Entre as atribuições verificadas pelo MPSC, estão violência contra a mulher e se o homem se valeu da condição de policial para agredir as estudantes.


O comando da Polícia Militar de Lages informou que um procedimento foi aberto para apurar a conduta do policial. De acordo com a corporação, o PM estava afastado de suas funções por ser do grupo de risco da Covid-19.

A Udesc divulgou nota repudiando a violência contra as estudantes e informando que pediu providências ao comando do batalhão.

Agressões de PM ocorreram dentro de apartamento das estudantes — Foto: NSC TV/Reprodução

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