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domingo, 30 de novembro de 2014

Acusados da Operação Sexto Mandamento são interrogados em Goiânia

Notícias do TJGO

Os seis policiais militares acusados pela morte do vendedor Murilo Alves Macedo, ocorrido no dia 27 de agosto de 2010, foram interrogados, individualmente, nesta quarta-feira (20), na 1ª Vara Criminal de Goiânia. O interrogatório foi realizado pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, acompanhado pelo representante do Ministério Público de Goiás (MPGO), o promotor de Justiça Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, pelos acusados e seus advogados de defesa. Encerrada a instrução probatória, o juiz concedeu o prazo de cinco dias, tanto para a promotoria quanto para as defesas, para as alegações finais escritas.
Pela ordem, o MPGO apresentará primeiro os memoriais por escrito, seguido pelos demais advogados dos policiais tendo, cada um, cinco dias para a apresentação. Após esse prazo, o juiz decidirá se os policiais serão levados ou não a júri popular. "Caso sejam levados ao júri, vão passar pelo crivo do Tribunal do Júri, que vai decidir pela condenação ou absolvição. Se forem condenados pelo homicídio duplamente qualificado, a pena pode ser de 12 a 30 anos”, ressaltou o magistrado.
Os acusados são os subtenentes Fritz Agapito Figueiredo e Hamilton Costa Neves, o capitão Vitor Jorge Fernandes, e os cabos Cláudio Henrique Camargos, Alex Sandro Souza Santos e Ricardo Rodrigues Machado, que foram presos durante a Operação Sexto Mandamento. A ação penal contra os militares foi instaurada com base em depoimentos de testemunhas e em provas técnicas que foram anexadas ao processo, como gravações telefônicas.
Denúncia
Segundo consta da ação penal, Fritz Agapito e Hamilton avistaram carro suspeito de ter sido roubado, um Honda Civic, e perseguiram o veículo até a proximidade ao Pit Rodeio Clube, na GO 0-60. Segundo informações recebidas por eles anteriormente, o veículo tinha sido roubado, um dia antes, de uma tenente. No momento em que o suspeito pelo roubo parou o veículo, após um período de perseguição, os subtenentes tentaram uma abordagem e pediram para Murilo colocar a mão na cabeça. Logo, foi feito o disparo.
Após, os subtenentes entraram em contato com o Copom, que avisou uma equipe da Rotam – coordenada por  Vitor, que era primeiro-tenente na época. De acordo com a promotoria, com a informação a equipe chegou no local do crime, dando cobertura aos primeiros denunciados, assumindo a ocorrência, alterando o local do crime e permitindo a saída do 'encenado confronto' dos denunciados.
Respostas
Durante o interrogatório, os subtenentes Fritz Agapito Figueiredo e Hamilton Costa Neves informaram que estavam trabalhando, de forma particular para uma rede de postos de combustíveis, quando viram o carro conduzido pela vítima. Como haviam sido anteriormente informados do roubo de um veículo com as mesmas características do que avistaram, inclusive da placa, iniciaram uma perseguição. Em uma parada, os dois desceram do carro, abordaram o suspeito, Murilo Macedo, e pediram para ele colocar as mãos para cima. Entretanto, segundo argumentação dos dois subtenentes, ao invés disso, Murilo saiu no carro novamente.
Fritz e Hamilton alegaram que, nesse momento, acionaram o Copom, que também entrou em contato com a equipe da Rotam que, de posse da informação, passou a vasculhar a região, inclusive no bairro Jardim Real.  Vitor comandou a equipe, composta ainda por Cláudio Henrique, Alex Sandro e Ricardo. Todos confirmaram que avistaram o veículo no Jardim Real, passaram a perseguir e, após o Murilo bater o veículo na entrada de uma chácara, houve disparos por parte do suspeito, levando os policiais a revidar o ataque, o que resultou na morte do vendedor. Os quatro policiais, que integravam a equipe da Rotam, confirmaram que a vítima realmente morreu durante 'confronto', em frente à entrada de uma chácara. Entretanto, quando questionados sobre a autoria da morte, todos negaram e afirmaram que revidaram ao ataque da vítima.
Após constatarem que Murilo tinha recebido três tiros, acionaram o Corpo de Bombeiros e o Samu, já que, por regra da polícia, os militares não podem retirar a vítima do local. Os acusados afirmaram que isolaram o local e também entraram em contato com a Corregedoria da Polícia Militar. As armas da equipe da Rotam foram recolhidas no mesmo dia para perícia.
Prisão
Com a prisão feita durante a Operação Sexto Mandamento, os seis policiais militares ficaram detidos em Campo Grande (MS) por 120 dias e também em Goiânia. Durante o interrogatório, alguns dos acusados se emocionaram e afirmaram que estão em tratamento psiquiátrico por causa da prisão. Alegaram ainda que tiveram prejuízos, tanto pessoais quanto profissionais, devido às denúncias e detenção. (Texto: Fernando Dantas/ Foto: Wagner Soares – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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