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sábado, 2 de março de 2024

Militar morto por colega de corporação é sepultado no DF

 

Por Caio Alves, g1 DF

PM morto por colega de profissão é velado, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

PM morto por colega de profissão é velado, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

O corpo do soldado da Polícia Militar Yago Monteiro Fidelis foi sepultado na manhã desta terça-feira (16), no cemitério do Gama, no Distrito Federal. Familiares e amigos se reuniram para se despedir e prestar homenagens ao militar.

 

Colegas de corporação também se despediram do militar. Yago morreu após ser baleado pelo colega, o sargento Paulo Pereira de Souza, na tarde de domingo (14). Ambos estavam em uma viatura da Polícia Militar, no Recanto das Emas (veja detalhes abaixo).

 

Emocionada, Maria dos Reis, tia do soldado, disse que espera que a data seja um marco e pediu mais eficácia no amparo para os policias militares.

"O Yago era humilde, inteligente. Quando nós recebemos a notícia, nós passamos mal. Ele entrou [na PM] contra a vontade da mãe e do pai, mas realizou esse sonho muito bem", disse Maria dos Reis.

Sepultamento

Militar morto por colega de profissão é velado, no DF — Foto: Caio Alves/g1 DF

Militar morto por colega de profissão é velado, no DF — Foto: Caio Alves/g1 DF

Um carro do Corpo de Bombeiros levou o corpo de Yago até o local do sepultamento. Os militares fizeram disparos em homenagem ao colega e o helicóptero da corporação sobrevoou o local e jogou rosas.

 

A Polícia Civil investiga se o sargento que fez os disparos tinha algum desvio de conduta ou de comportamento por conta de saúde mental. A comandante-geral da PMDF, Ana Paula Barros Habka, afirmou que está comprometida a cuidar da saúde mental dos policiais e lamentou por não ter evitado a morte do soldado.

"Eu tenho obrigação de cuidar dos meus policiais. Eu sinto muito não ter evitado", afirmou a comandante.

Relembre o caso

Viatura onde estavam os três policiais no Recanto das Emas, no DF. — Foto: Reprodução/TV Globo

Viatura onde estavam os três policiais no Recanto das Emas, no DF. — Foto: Reprodução/TV Globo

O sargento Paulo Pereira de Souza atirou no colega de trabalho Yago Monteiro dentro de uma viatura da PMDF na manhã de domingo (14), no Recanto das Emas. Depois, Souza atirou em si mesmo e morreu no local.

Yago Monteiro foi levado para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas não resistiu.

 

O sargento Paulo Pereira de Souza, autor dos disparos, trabalhou durante 23 anos na corporação. A Polícia Civil investiga se o policial estava com problemas de saúde mental.

 

Um terceiro policial estava dentro da viatura. Diogo Carneiro dos Santos foi atingido por estilhaços do para-brisa quebrado por conta do disparo. Ele foi atendido na UPA do Recanto das Emas e liberado.

O que diz a PMDF?

"A Polícia Militar do Distrito Federal informa a respeito do grave incidente na manhã deste domingo (14), no Recanto das Emas, envolvendo dois de seus membros. A ocorrência, classificada como homicídio, seguido de suicídio, está sob investigação conjunta da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Corregedoria da PMDF.

O policial alvejado foi socorrido pelos bombeiros, mas, com pesar, informamos, que ele foi ao óbito após atendimento no Hospital Regional de Taguatinga.

Diante do ocorrido, ressaltamos que a saúde do policial militar é prioridade da Comandante-Geral da PMDF, Coronel Ana Paula. Inclusive, com reunião pré-estabelecida, desde o dia 09/01/2024, quando da sua a assunção. O assunto será tratado de forma transversal abrangendo todos os departamentos para alcançar o objetivo da segurança em relação a saúde policial militar, bem como perpetuar e otimizar a segurança da sociedade de todo o Distrito Federal.

Dessa forma, ressaltamos nosso compromisso contínuo com o bem-estar e a saúde mental dos integrantes de nossa instituição, empenhados em criar um ambiente de trabalho onde o cuidado com a saúde mental é uma prioridade. Acreditamos que apoiar a saúde mental de nossos policiais é fundamental para manter uma força de trabalho resiliente, eficaz e compassiva

Enquanto prosseguem as investigações sobre o incidente, pedimos respeito e sensibilidade à privacidade e dignidade de todos os envolvidos. A PMDF está trabalhando em estreita colaboração com a PCDF e a Corregedoria para garantir uma investigação completa e justa.

Agradecemos a compreensão da comunidade e reforçamos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar de todos no Distrito Federal."

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