Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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sábado, 26 de março de 2011

Repressão não é agressão. Mais um inocente morto pelo estado.

Estava eu no Rio de Janeiro, tirando uns dias de folga, mas andando desconfiado e com receio como um bom morador do interior, quando tomei conhecimento através do jornal local que um policial do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), tropa de elite da polícia militar carioca, por engano, acabou por matar um morador, nessa ocasião inocente, do morro do Andaraí, zona norte do Rio.
Na quarta-feira passada, Hélio Ribeiro estava no terraço de sua casa, pregando uma lona com uma furadeira para proteger o local da chuva, quando um dos policiais que estavam realizando operação no local, teria confundido a furadeira com uma submetralhadora e teria atirado contra o morador, matando-o instantaneamente.
Enquanto o comando do BOPE lamenta o erro do policial, lamenta a sociedade por mais uma família que foi desmantelada. Vemos que já não se tem liberdade e nem segurança em lugar algum, nem mesmo dentro da sua própria casa. Conversando com pessoas nas ruas, algumas chegaram e me dizer que isso ocorreu por falta de cautela da vítima, pois esta não deveria usar uma furadeira enquanto a polícia realizava operação no morro. Pra ser sincero, não concordo com esse ponto de vista, mas, como disse acima, sou do interior e desconheço a realidade de quem vive na capital, penso que o medo constante da violência deve fazer com que as pessoas mudem de opinião. Inclusive, em tempo, vale acrescentar, me disseram que a morte de um inocente é comum em situação de risco como esta. Eu, porém, jamais aceito esta idéia.
Pesquisando sobre, li especialistas afirmando que a polícia, em geral, é treinada através de um método denominado "Método Garibaldi", onde são doutrinados a determinar alguns comandos ao cidadão, porém, visando a todo custo o ataque letal. Todavia, os mesmos especialistas afirmam que, na capital carioca, os policiais não são treinados desta forma, mas sim, agem como se estivessem em plena guerra, ou seja, atira primeiro e pergunta depois.
Não estou aqui para discutir a técnica de trabalho da polícia carioca, mas, se é um método usado em boa parte do mundo, sendo inclusive recomendado pela Cruz Vermelha, é porque deve ser eficaz.
Em contra partida, entendo perfeitamente a situação em que vivem os policiais, são atacados por todos os lados, não sabem quem é bandido e quem é cidadão de bem, todos vão fazer criticas ou elogios, porém, defendo método de repressão sem severa agressão. Que seja determinado pela policia que a pessoa coloque as mãos pra cima, que seja o cidadão revistado, que em não obedecendo que leve um tiro no joelho, mas, jamais alvejado com um tiro na cabeça sem justo motivo.
É fácil de se falar, fácil tentar entender e mais fácil ainda de se aceitar tal situação enquanto a injusta agressão não ocorre dentro da nossa família ou círculo de amigos, mas a vida perdida é irreparável e as conseqüências de tal perda é incalculável, é mais um filho sem pais, sem referências e que vão crescer nas ruas e a mercê de traficantes e bandidos de toda a espécie, é mais um pai ou mãe sem filhos, sem esperança, com sobrevida social, moral, espiritual, acreditando na injustiça, acreditando na descrença.. em breve chegaremos ao fim dos tempos..
Finalizando, desta feita a vítima foi o morador do morro do Andaraí, amanhã poderá ser eu, você ou um dos nossos.

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