Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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quarta-feira, 30 de março de 2011

15/02/2011 - 16h01 / Atualizada 15/02/2011 - 18h38

Entenda a Operação Guilhotina e suas implicações no Rio de Janeiro

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Quem é quem nas operações no RJ

  • Fabiano Rocha/Agência O Globo "Essa é a primeira de muitas outras devassas que virão", afirmou o agora ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Alan Turnowski, durante devassa na Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado); após a operação, ele teve de deixar o cargo, sob suspeita de represália
  • Eduardo Anizelli/Folhapress "Ele goza da minha confiança, está sendo ouvido como chefe e daqui para a frente, com base no que for efetivamente coletado, vamos aguardar. Não vou fazer juízo de valor precipitado, esse tipo de hipocrisia --vamos analisar e tomar a decisão no momento oportuno", afirmou o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, sobre interrogatório de Turnowski na Operação Guilhotina
  • Rafael Andrade/Folhapress "É um constrangimento. Não há a menor dúvida", disse o alvo da devassa, o delegado titular da Draco, Claudio Ferraz; operação ocorreu sob determinação de Turnowski, depois que Ferraz participou da Guilhotina e prendeu seu braço direito, o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe de Polícia Civil no Estado
A Polícia Federal deflagrou no dia 11 de fevereiro, no Rio de Janeiro, a Operação Guilhotina, para prender policiais civis e militares acusados de corrupção e de manter ligação com traficantes.
Os integrantes do esquema seriam informantes das polícias civil e militar envolvidos com o tráfico de drogas, de armas e de munições, com a segurança de pontos de jogos clandestinos (máquinas de caça-níqueis e jogo do bicho), venda de informações a policiais e conchavo com milícias.
Segundo a PF, os presos também são responsáveis pelo roubo de produtos apreendidos durante operações policiais, como ocorrido na recente ocupação do Complexo do Alemão. Ao todo, 38 pessoas foram presas -30 policiais militares e civis.
No mesmo dia, a Secretaria Especial de Ordem Pública do Rio de Janeiro anunciou a exoneração do delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe de Polícia Civil no Estado e um dos investigados. Subsecretário de operações da Secretaria Especial, Oliveira foi apontado como suspeito de fornecer informações de operações policiais a criminosos.
O chefe da Polícia Civil do Rio, Alan Turnowski, foi ouvido na sede da PF para prestar esclarecimentos sobre as investigações. “Ele goza da minha confiança, está sendo ouvido como chefe e daqui para a frente, com base no que for efetivamente coletado, vamos aguardar. Não vou fazer juízo de valor precipitado, esse tipo de hipocrisia --vamos analisar e tomar a decisão no momento oportuno”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, sobre o depoimento.
No domingo (13), outra operação ocorreu na Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco), que foi lacrada depois de uma determinação de Turnowski, que alegou ter recebido denúncia anônima de fraudes em licitações.
O delegado Claúdio Ferraz, que teria ajudado na Guilhotina a prender o braço direito de Turnowski (o delegado Carlos Oliveira), e um inspetor foram apontados como suspeitos.
Desgastado, Turnowski deixou o cargo nesta terça (15). Segundo a secretaria, a saída ocorre para "preservar o bom funcionamento das instituições".

Caça-níqueis e corrupção

Este não é o primeiro escândalo envolvendo a cúpula da polícia do Rio de Janeiro. O ex-deputado estadual Álvaro Lins (PMDB) está preso desde 2008. Ex-chefe da Polícia Civil no governo de Rosinha Matheus (PMDB), Lins é apontado como o chefe operacional de um esquema de pagamentos de propina dentro da estrutura da Secretaria de Segurança do Rio.
Ele responde a processo pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e formação de quadrilha armada. Lins também é acusado envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.
Lins chegou a ser preso em flagrante no fim de maio durante a Operação Segurança Pública S/A, que desarticulou o suposto esquema, mas foi solto por determinação da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Na ocasião, os deputados julgaram que o flagrante não estava configurado.
Com informações da Folha.com

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