Preso muda versão e diz que PM matou radialista em Goiânia
6 fev 2013 16h26 - atualizado às 16h29
Durante depoimento na manhã desta quarta-feira na Delegacia de Investigação de Homicídios de Goiânia (GO), o comerciante Marcos Vinicius Pereira Xavier, que teria confessado na última sexta-feira ter atirado no radialista Valério Luiz de Oliveira, mudou a sua versão para o crime. Segundo Marcos Vinicius, ele participou do assassinato, mas quem na verdade disparou os seis tiros contra o cronista esportivo foi um PM, o cabo Ademar Figueiredo Aguiar Filho.
Xavier declarou à delegada titular Adriana Ribeiro que sua participação no crime se restringiu a fornecer a moto, a roupa e o capacete utilizados por Ademar na execução de Valério, na porta da Rádio Jornal 820, emissora em que o radialista trabalhava, em julho do ano passado.
O cabo Figueiredo está preso desde novembro, suspeito de participação em outro crime de grande repercussão, uma chacina onde seis pessoas foram mortas com tiros na cabeça em uma residência em Aparecida de Goiânia (a 15 quilômetros da capital), em 2011. Uma criança de quatro anos estava entre as vítimas.
Marcos Vinicius, o motorista Urbano Carvalho de Malta e o policial militar Djalma Gomes da Silva foram detidos na última sexta-feira como suspeitos de terem participado diretamente da execução de Valério Luiz. O empresário Mauricio Sampaio, ex-dirigente do Atlético-GO, foi detido um dia depois, como suposto mandante do assassinato do cronista esportivo.
Em entrevista coletiva, a delegada Adriana Ribeiro disse que a polícia ainda vai buscar as provas da nova revelação feita por Xavier. "Temos ainda mais 30 dias, prorrogáveis para mais 30, para terminar as investigações", disse. As investigações seguem a hipótese de que o radialista foi morto por causa de sua atividade profissional. Ele teria feito críticas contra a direção do Atlético-GO, clube do qual o empresário Maurício Sampaio já foi vice-presidente.
Especial para Terr
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