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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Três policiais são presos por ligação com tráfico na Baixada Eles recebiam propina e forneciam informações privilegiadas aos bandidos

Três policiais são presos por ligação com tráfico na Baixada
Eles recebiam propina e forneciam informações privilegiadas aos bandidos
 
POR CARLOS BRITO 07/10/2016 8:11 / atualizado 07/10/2016 13:29
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RIO - Uma operação desarticulou uma quadrilha de traficantes vinculada à uma facção criminosa que atuava na Baixada Fluminense. Dois policiais militares - Fernando Rodrigues Machado e Leandro Fernandes - foram presos, além do policial civil Vitor da Silva Gonçalves. Segundo a polícia, eles recebiam R$ 70 mil por semana para não fazer ações em Nova Iguaçu. Acredita-se que entre 30 e 40 policiais do 20º BPM (Mesquita) estejam envolvidos no esquema de corrupção.

Foram emitidos 25 mandados de prisão e dez de busca e apreensão de menores nas comunidades Buraco do Boi e Aymoré, em Nova Iguaçu. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), os policiais também forneciam informações privilegiadas sobre operações programadas.

As investigações começaram em junho do ano passado após interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Policiais da 58ª DP (Posse) identificaram e prenderam em flagrante sete pessoas, - entre elas adolescentes-, integrantes de uma quadrilha vinculada ao tráfico de drogas na região e que teriam sido responsáveis por expulsar uma moradora de casa. Foram identificados as principais lideranças da facção, outros integrantes da associação criminosa e alguns detalhes de como a atividade ilícita era desenvolvida, inclusive o pagamento dos ‘funcionários’ - policiais militares do batalhão da região, os quais eram pagos pela facção. A 58ª DP também descobriu o envolvimento de um policial civil.

Segundo a polícia, as comunidades de Aymoré, Inferninho e Três Campos são subordinadas e abastecidas pela facção criminosa que orienta o negócio diretamente dos complexos de Parada de Lucas e Vigário Geral, onde moram os chefes da facção. O lucro obtido pela venda de drogas é remetido para essas comunidades na capital.

A operação “Boi da cara preta”, coordenada pelo delegado Paulo Freitas, da 58ª DP (Posse), contou com 80 policiais civis, agentes da Corregedoria Interna da Instituição (Coinpol), do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB), do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), e do Grupo de Ação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP.

A investigação apontou, ainda, que a quadrilha era comandada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão; Jorge Diego Cardozo Martins; e Rodrigo Ribeiro da Silva.

Foram identificadas dez crianças e adolescentes que atuavam como vapores, olheiros e sintonias (os últimos, responsáveis pelo contato com policiais para pagamento de propina).

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De acordo com a denúncia, o pagamento era semanalmente aos PMs, às sextas-feiras, sábados e domingos, e para o policial civil, às terças-feiras. A entrega da propina era feita no interior da comunidade, em postos de gasolina ou dentro dos próprios DPOs para posterior repartição entre os policiais envolvidos. Os valores chegavam a R$ 70 mil. Os DPO´s recebiam R$ 9 mil por semana, em parcelas de R$ 3 mil cada sexta, sábado e domingo. Cada equipe do GAT recebia R$ 5 mil por semana. e a P2 recebia R$ 3 mil por semana. Já o policial civil recebia R$ 3 mil por semana, segundo as investigações.

Os policiais vão responder pelos crimes de organização criminosa. Será extraída cópia da denúncia a ser remetida para a Promotoria de Justiça de Auditoria Militar que deverá apurar o crime de corrupção passiva dos PMs. O policial civil vai responder na Justiça pelo crime de corrupção passiva e os traficantes por associação para o tráfico e corrupção ativa.

O MP, por meio da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Nova Iguaçu, encaminhou à Justiça uma representação socioeducativa pela prática de fatos análogos a associação para o tráfico de drogas e corrupção ativa. Também foi deferida a apreensão dos jovens e a decretação da internação provisória.



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Três policiais são presos por ligação com tráfico na Baixada - Jornal O Globo

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