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domingo, 2 de maio de 2021

Coronel da PM preso por suspeita de grampos teria deixado o quartel para fazer compras em MT

Evandro Lesco está preso desde o dia 27 de setembro, em Cuiabá. Caso deve ser investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, segundo a assessoria.

Por Lislaine dos Anjos, G1 MT

 Coronel Evandro Alexandre Lesco está preso desde o dia 27 de setembro, suspeito de envolvimento em esquema de grampos — Foto: Gcom-MT

Coronel Evandro Alexandre Lesco está preso desde o dia 27 de setembro, suspeito de envolvimento em esquema de grampos — Foto: Gcom-MT

O coronel da Polícia Militar, Evandro Lesco, que está preso desde o dia 27 de setembro por suspeita de envolvimento em um esquema de grampos clandestinos em Mato Grosso, vai ser investigado pela Corregedoria da PM por supostamente ter deixado o quartel onde está detido para ir fazer compras em uma farmácia no Bairro CPA 4, em Cuiabá.

Por meio de nota, o Comando-Geral da Polícia Militar disse ter determinado à Corregedoria a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar se o coronel Lesco realmente deixou o 3º Batalhão da PM, onde está detido, para comprar um desodorante e sacar dinheiro na farmácia. Além disso, a polícia disse ter determinado o afastamento do comandante do quartel. O G1 não conseguiu contato com a defesa de Lesco.


O coronel da PM foi preso durante a Operação Esdras, deflagrada pela Polícia Civil após depoimento do tenente-coronel José Henrique Costa Soares, escrivão no inquérito policial militar que apura o esquema dos grampos. Ele revelou os "novos participantes" do suposto grupo criminoso, segundo a polícia.

Evandro Lesco já havia sido preso em junho deste ano, por suspeita de envolvimento no esquema. Na época, ele era chefe da Casa Militar, cargo do qual foi afastado três dias depois da prisão.

Em julho, ele e outras quatro PMs foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por ação militar ilícita, falsificação de documento, falsidade ideológica e prevaricação.


Conforme as investigações, o coronel Evandro Lesco comprou, no próprio nome e no valor de R$ 24 mil, um equipamento que pode ser usado para escutas telefônicas. Da nota de compra consta como endereço de entrega o Comando da PM, em Cuiabá. Na época, a instituição negou ao G1 ter recebido o aparelho.

Grampos

O esquema foi denunciado à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, que foi secretário de Segurança em 2015. Ele diz que recebeu denúncia do caso naquele ano e que alertou o governador Pedro Taques.

Agora, a PGR investiga se Taques sabia do crime e de quem partiu a ordem para as interceptações. O governador, por sua vez, nega que tinha conhecimento sobre o caso.

Segundo consta na denúncia, políticos de oposição ao atual governo de Mato Grosso, advogados, médicos e jornalistas tiveram os telefones grampeados.

Os telefones foram incluídos indevidamente em uma investigação sobre tráfico de drogas que teria o envolvimento de policiais militares. O resultado dessa investigação, porém, não foi informado pelo governo até hoje.


CUIABÁ

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