David Harold, o Americano, é investigado por crimes em Florianópolis
Diogo Vargas
A Polícia Civil de Santa Catarina pretende interrogar o ex-soldado do Exército dos Estados Unidos, David Beckhauser Santos Herold, o Americano, preso nesta quarta-feira em Viamão, no Rio Grande do Sul, pelo assassinato do traficanteTiago Cordeiro, o Calcinha, 26 anos, que aconteceu em um posto de combustíveis da Costeira, em Florianópolis.
Investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital afirmam que ele é suspeito de envolvimento no crime, na noite de 2 de abril, quando dois homens executaram Calcinha a tiros.
Ainda não se sabe se os policiais viajarão ao Rio Grande do Sul para tomar o depoimento ou se o preso será transferido para o Estado catarinense.
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Os detalhes das suspeitas ainda são mantidos em sigilo pela polícia. Segundo investigadores, a filmagem do circuito interno do posto demonstrou que um dos autores da morte do Calcinha tinha conhecimento técnico pelo modo com que entrou e saiu do local empunhando a arma, além do porte físico alto.
Tiago Cordeiro, o Calcinha, era braço-direito de Sérgio de Souza, o Neném da Costeira, um dos principais traficantes de Santa Catarina.
Leia mais: Facção ordena mortes pelo tráfico de drogas em Florianópolis
A prisão de Herold também mobiliza policiais civis da Delegacia de Combate às Drogas (Decod) de Florianópolis.
Segundo o delegado Antônio Seixas Cláudio Joca, titular da Decod, a Justiça decretouprisão temporária contra Americano em razão de inquérito policial que investiga o tráfico de drogas. Joca explica que a digital de Americano foi encontrada na embalagem de 10 kg de maconha apreendidos no Sul da Ilha. Nos últimos dias, a Decod fazia diligências no Morro da Cruz para capturá-lo. Herold é natural de Florianópolis e morador do Sul da Ilha, de acordo com a Polícia Civil.
Tiago Cordeiro, o Calcinha, era braço-direito de Sérgio de Souza, o Neném da Costeira, um dos principais traficantes de Santa Catarina.
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A prisão de Herold também mobiliza policiais civis da Delegacia de Combate às Drogas (Decod) de Florianópolis.
Segundo o delegado Antônio Seixas Cláudio Joca, titular da Decod, a Justiça decretouprisão temporária contra Americano em razão de inquérito policial que investiga o tráfico de drogas. Joca explica que a digital de Americano foi encontrada na embalagem de 10 kg de maconha apreendidos no Sul da Ilha. Nos últimos dias, a Decod fazia diligências no Morro da Cruz para capturá-lo. Herold é natural de Florianópolis e morador do Sul da Ilha, de acordo com a Polícia Civil.
A suspeita da polícia é que ele seja integrante da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Os investigadores suspeitavam que oferecia treinamento para o uso de armas a criminosos locais, mas isso nunca se confirmou.
Herold foi preso em um sítio na estrada no interior de Viamão com mais três pessoas de Santa Catarina. Estavam com um 1,5 quilo de maconha, 10 comprimidos de ecstasy, quatro celulares, correntes de ouro e uma pequena quantia em dinheiro.
Tribunal do tráfico
Herold foi preso em um sítio na estrada no interior de Viamão com mais três pessoas de Santa Catarina. Estavam com um 1,5 quilo de maconha, 10 comprimidos de ecstasy, quatro celulares, correntes de ouro e uma pequena quantia em dinheiro.
Tribunal do tráfico
Em Florianópolis, ele é acusado pelo assassinato de Thiago Polucena de Oliveira, 24 anos, morto a tiros em casa, no Morro do 25, região do bairro Agronômica. O crime aconteceu às 6h30min do dia 26 de março de 2014.
Vestidos com roupas pretas e se dizendo policiais civis, dois homens armados dispararam contra a residência e mataram também um cão pitbull. Herold foidenunciado pelo Ministério Público por assassinato e respondia ao crime em liberdade.
Esse assassinato aconteceu em uma espécie de tribunal do tráfico mantido pelo PGC em morros da Capital para tomar pontos de drogas e eliminar rivais, conforme revelou o DC em reportagem publicada no dia 12 de outubro de 2014.
Vestidos com roupas pretas e se dizendo policiais civis, dois homens armados dispararam contra a residência e mataram também um cão pitbull. Herold foidenunciado pelo Ministério Público por assassinato e respondia ao crime em liberdade.
Esse assassinato aconteceu em uma espécie de tribunal do tráfico mantido pelo PGC em morros da Capital para tomar pontos de drogas e eliminar rivais, conforme revelou o DC em reportagem publicada no dia 12 de outubro de 2014.
Herold é conhecido como Americano por ter servido no Exército dos Estados Unidos, onde morou de 2008 a 2013.
Em depoimento à Justiça no caso da morte de Thiago Polucena, o ex-soldado disse que nunca foi conhecido em Florianópolis pelo apelido de Americano, negou ser membro do PGC e que durante o verão trabalha na praia do Riozinho, no Campeche (Sul da Ilha).
Em depoimento à Justiça no caso da morte de Thiago Polucena, o ex-soldado disse que nunca foi conhecido em Florianópolis pelo apelido de Americano, negou ser membro do PGC e que durante o verão trabalha na praia do Riozinho, no Campeche (Sul da Ilha).
Outro depoimento dado à Justiça em que é citado o aponta como homem detemperamento calmo, tranquilo e de pouca conversa, e que morou nos Estados Unidos porque tinha uma casa naquele país.
"David nunca comentou ou se vangloriou por ter servido o exército norte-americano", diz um dos trechos.
O que diz a defesa de David Beckhauser Santos Herold:
O advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho disse que o seu cliente negaenvolvimento na morte de Tiago Cordeiro, o Calcinha, e que está à disposição da polícia para prestar esclarecimento. O defensor diz que Herold inclusive tem álibi que o inocenta do crime e que Herold não tem nenhuma ligação com o PGC.
— Não há prova ou menção nas interceptações telefônicas com ordem judicial do PGC — afirma Gastão Filho.
Sobre a prisão por tráfico no RS, o advogado preferiu não se manifestar ainda por estar se inteirando a respeito.
BMW em que Calcinha chegou ao posto
Tiago Cordeiro, o Calcinha, morto em abril, em Florianópolis.
BMW em que Calcinha chegou ao postoTiago Cordeiro, o Calcinha, morto em abril, em Florianópolis.
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