Militar é preso por matar homem

06/09/2013

Militar é preso por matar homem que teria deficiência mental, em Rio Casca

Moradores da região disseram que vítima foi atingida no peito; PM afirmou que homem estava armado e que policial agiu em legítima defesa

Está detido e deve ser encaminhado para o Batalhão da Polícia Militar em Ponte Nova, na Zona da Mata, um militar que atirou e matou um homem durante uma abordagem, na tarde desta quinta-feira (5), em Rio Casca, na mesma região. A PM afirma que o militar agiu em legítima defesa, porque o homem estaria armado com um canivete. Já moradores do bairro Alta Vista, onde aconteceu o crime, disseram que ninguém viu qualquer arma com a vítima, que teria sido atingida no peito, e acrescentaram que ela era portadora de deficiência mental.

Segundo três moradores da região com os quais a reportagem do jornal O TEMPO conversou, o PM, cujo nome e patente não foram divulgados, estava revistando a vítima, José Carlos - conhecido na cidade como Ninja -, quando houve uma discussão entre eles. O policial, então, teria atirado no peito do homem a uma distância aproximada de 2,5 m. De acordo com a Polícia Militar de Rio Casca, porém, José Carlos teria tentado agredir o policial durante a abordagem. "O homem estava armado e, para proteger a própria vida, o militar disparou", contou o tenente Gustavo, da PM de Rio Casca.

A polícia não confirmou se a vítima era deficiente mental, e o hospital para onde o homem chegou a ser levado informou que não vai dar declaração sobre o paciente.

A PM em Ponte Nova deve abrir um processo administrativo para apurar o caso, que só deve ser encaminhado à Corregedoria da corporação caso não haja solução local. "Casos dessa natureza são resolvidos pelo batalhão", afirmou o major Oswaldo, da equipe de Prevenção e Qualidade da Corregedoria da Polícia Militar de Minas Gerais.

O corpo encontra-se no Instituto Médico Legal (IML) de Ponte Nova, onde aguarda por necropsia. De acordo com a Polícia Civil de Ponte Nova, o procedimento deve acontecer durante a madrugada desta sexta-feira (6) após o depoimento da família. A investigação do crime será realizada pela Polícia Civil de Rio Casca.

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