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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Delegado e mulher presos em MT negam ter dado proteção

29/06/2013 19h12 - Atualizado em 29/06/2013 19h12

Delegado e mulher presos em MT negam ter dado



 proteção a quadrilha

Advogado diz que acusação contra o casal é inconsistente e frágil.
Casal está detido há três dias por suspeita de proteger traficantes.

Dhiego MaiaDo G1 MT

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Detidos pela suspeita de dar proteção a um esquema criminoso de tráfico de drogas na Grande Cuiabá, o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), João Bosco Barros e a mulher dele, a também investigadora da Polícia Civil, Gláucia Alti, negaram em depoimento prestado à polícia que atuaram na quadrilha. Os depoimentos foram prestados ao longo desta sexta-feira (28) na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
As investigações da DRE confirmaram a participação de 11 suspeitos, entre eles, traficantes, o delegado e a investigadora. No último comunicado da Polícia Civil, oito mandados de prisão foram cumpridos. Quatro deles, dentro dos presídios, uma vez que os suspeitos já cumprem pena.
Em entrevista ao G1, o advogado que presta defesa ao casal, Paulo Taques, informou que as acusações que pesam contra eles são ‘frágeis e inconsistentes’. “A única ligação do delegado João Bosco com um dos acusados é comercial. Ele tem uma garagem de veículos e recentemente, o delegado adquiriu um veículo dele”, explicou Taques.
Ainda segundo o advogado, não há provas contundentes nas investigações de que seus clientes foram beneficiados financeiramente com o tráfico de drogas. “Esta é uma acusação que inexiste nas investigações por falta de consistência”, afirmou.
Mas segundo a delegada Alana Cardoso, João Bosco e a mulher dele são suspeitos de acobertar o esquema criminoso. “Identificamos que havia policiais civis que negociavam com os traficantes que eram os nossos alvos para que eles não sofressem prejuízos com extorsões praticadas por outros policiais ou mesmo por outros bandidos. Também ofereciam a garantia que eles não seriam presos, processados ou investigados em uma investigação lícita como essa que conduzimos”, declarou.
O advogado de João Bosco e Gláucia Alti vai ingressar na Justiça com um habeas corpus em favor do casal na próxima semana por entender que eles preenchem todos os requisitos legais que a medida exige. Eles estão detidos há três dias no Anexo da Penitenciária Central do Estado (PCE), para onde vão presos com curso superior.
As investigações começaram em dezembro de 2012. João Bosco e Gláucia foram presos preventivamente por corrupção passiva e associação ao tráfico, conforme a Polícia Civil. De acordo com a legislação penal, o crime consiste na exigência para si ou terceiro dinheiro ou vantagem em razão da função, direta ou indiretamente. A pena prevista é de dois a oito anos de prisão, além de multa.
A Corregedoria da Polícia Civil também vai apurar em uma sindicância administrativa a conduta do delegado e da investigadora.

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