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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Repressão policial à passeata

causa 30 feridos....


Protesto começou em frente ao Teatro Municipal de São Paulo
A Polícia Militar paulista agiu com violência ao reprimir passeata de jovens, no centro da capital paulista, ontem (6) a noite. A manifestação promovida pelo Movimento Passe Livre (MPL) mostrou vontade em barrar o aumento da passagem do transporte coletivo ocorrido recentemente na capital paulista e no estado. A tarifa era R$ 3 e passou a R$ 3,20 de ônibus, trens e Metrô.
Os policiais usaram gás lacrimogênio e balas de borracha contra os manifestantes que fechavam a Avenida 23 de maio com uma barricada de pneus em chama e, logo depois, ao fecharem as duas pistas da Avenida Paulista. De acordo com o MPL a ação da PM resultou em 30 feridos manifestantes feridos e 15 detidos.
Segundo um integrante do MPL, que se identificou ao site Terra, apenas como Marcelo, “eles fizeram a repressão porque a gente travou a (avenida) 23 de maio e não porque estávamos fazendo zona ou queimando lixeira. Isso aconteceu depois. Há uma tentativa grande da polícia de criminalizar um grupo de pessoas por depredar, pelo conjunto das coisas, mas isso acontece em todo grande ato que tem revolta grande. Eles sempre tentam achar culpados”, alega.
O coronel da PM Reynaldo Rossi confirma. O coronel disse que foi necessário reprimir a manifestação a partir do momento em que o grupo de 2 mil pessoas, segundo estimativa da PM, interrompeu o tráfego na Avenida 23 de Maio, na altura do Vale do Anhangabaú. “Interromper o trânsito, produzir focos de incêndio e arremessar objetos contra o efetivo”, enumerou, ao falar dos motivos da ação policial que envolveu 323 PMs, incluindo homens da Força Tática e do Batalhão de Choque.
A mobilização teve início às 17 horas em frente ao Teatro Municipal manifestantes fizeram um protesto na porta da Prefeitura, no Viaduto do Chá, gritando palavras de ordem contra o aumento estipulado pela administração municipal. Depois eles realizaram uma manifestação dentro do terminal Bandeira e seguiram em passeata, passando pelas avenidas 23 de maio e 9 de julho. Por volta das 20 horas, a mobilização se concentrou na Avenida Paulista e a PM continuou reprimindo.
Os jovens se refugiaram no Shopping Paulista e a polícia cercou o shopping. O que se via pela tevê eram policias ávidos por reprimir com violência. O site UOL conversou com a doméstica Elza Francisca Oliveira Pereira, de 53 anos. Ela afirmou ser “contra o vandalismo”, mas acha que “a causa é justa”, Para ela, “deveria ter mais gente se manifestando contra o aumento”. Já a advogada Mei Chan realça que “gostaria de participar de protestos”, porém, “o rumo que eles acabam tomando me desencoraja”, acentua.
Preço da passagem pesa
Reportagem do site Vermelho, de 2011 mostra que o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre mobilidade urbana mostra que, de 2000 a 2010, que 44,3% da população brasileira tem no transporte público seu principal meio de deslocamento nas cidades. Em segundo lugar aparece o carro, com 23,8%, seguido por motocicleta com 12,6%. O levantamento feito com 2.770 famílias em todo o país constatou ainda que 12,3% se locomovem a pé. Todas as pesquisas mostram que os mais pobres sentem mais o peso do preço da passagem do transporte coletivo.
Um dos dados citados na apresentação do estudo, retirado da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), é o de crescimento dos gastos com transporte no País. Em 2000, esse tipo de serviço abocanhava 18,7% das despesas de consumo do cidadão, em média. Em 2010, chegou a 20,1%, enquanto a alimentação caiu de 21,1% para 20,2% no mesmo período. É um sinal claro de que os preços das tarifas (preços administrados principalmente pelos municípios no caso de transporte urbano) subiram bem mais do que a inflação, que ficou abaixo da alta dos alimentos.
Faltou bom senso para a ação da PM e pegou muito mal para o governador tucano de São Paulo essa repressão à manifestação de grupo de jovens, que segundo os organizadores eram cerca de 6 mil. Em manifestações desse tipo, compete à PM acompanhar e somente atuar para conter excessos, Aos manifestantes cabe protestar sem exceder os limites do bom senso. E a ação violenta de policias não tem sido exclusividade de São Paulo, infelizmente. Concorde-se ou não com os métodos dos manifestantes, a repressão como ocorreu é inaceitável. E a mídia  comercial aplaude e ainda pede bis.
A redação

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