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quarta-feira, 6 de abril de 2011

05/04/2011 - 22h46

Promotoria pede prisão de PMs suspeitos de homicídio em SP

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Ministério Público de São Paulo pediu nesta terça-feira a prisão preventiva dos policiais militares Ailton Vital da Silva e Felipe Daniel Silva, suspeitos de matar um homem em um cemitério em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), no último dia 12. A Promotoria ofereceu denúncia contra os policiais no dia 21, por homicídio duplamente qualificado.
Mulher liga para 190 e denuncia PMs por assassinato; ouça
De acordo com a Corregedoria da PM, os policiais estão presos no Presídio Militar Romão Gomes, respondem a inquérito por suspeita de homicídio e podem ser expulsos da corporação.
O caso foi denunciado por uma mulher que ligou para o telefone de emergência da polícia e informou ter presenciado um assassinato cometido pelos PMs dentro do cemitério.
A vítima, Dileone Lacerda de Aquino, tinha passagens pela polícia e havia saído de uma prisão no interior em agosto de 2010.
OUÇA A GRAVAÇÃO DA LIGAÇÃO:
DIÁLOGO
"Olha, eu estou no Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, e a Polícia Militar acabou de entrar com uma viatura aqui dentro do cemitério, com uma pessoa dentro do carro, tirou essa pessoa do carro e deu um tiro. Eu estou aqui próximo à sepultura do meu pai", disse a mulher.
O policial que atende a ligação pede à mulher o prefixo do carro, diz que vai "fazer um alerta" e recomenda à testemunha que faça uma denúncia à Corregedoria da PM.
Durante a conversa, gravada pela PM, a mulher aborda um dos policiais e o questiona sobre a execução. O policial diz apenas que estava prestando um socorro.
"Ele falou que estava socorrendo. É mentira. É mentira, senhor. É mentira. Eu sei bem o que ele fez", diz a mulher ao atendente do 190.
Os policiais presos são Ailton Vital da Silva, 18 anos de Polícia Militar, e Felipe Daniel Silva, 5 anos de trabalho.
Viltal, segundo o tenente-coronel Roberto Fernandes, comandante da PM na zona leste da capital, já havia participado de três ocorrências de "resistência" --a pessoa abordada resiste à prisão e é morta pelos policiais. Felipe Daniel nunca havia participado de uma ocorrência desse tipo.
De acordo com o comandante, a investigação interna da PM deve ser concluída até o fim deste mês e a tendência é que os dois sejam expulsos da corporação.
Segundo Fernandes, os policiais disseram apenas que houve resistência e prestaram socorro à vítima, mas se negaram a prestar depoimento quando foram presos --só devem depor na Justiça.
O caso começou no Itaim Paulista, extremo leste de São Paulo, a cerca de 1 km do Cemitério das Palmeiras. Um carro de uma empresa de produtos de beleza foi roubado e, informados pelo rádio da polícia, Vital e Daniel fizeram a abordagem.
O assaltante teria entrado em um condomínio residencial, batido em dois carros e, durante a fuga a pé, atirado contra os policiais, que revidaram e o acertaram na perna.
Segundo o comandante, até aí o procedimento foi correto. Eles colocaram o assaltante no carro da polícia para levá-lo ao pronto-socorro.
Só que, no caminho, passaram pelo cemitério onde foram flagrados pela testemunha. "Talvez eles tenham acreditado que não tivesse ninguém. Mas num cemitério, num sábado à tarde, sempre tem alguém chorando por alguém", afirmou.
Fernandes disse que conversou com os dois policiais separadamente e que houve divergência de versões, por isso eles foram presos.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/898791-promotoria-pede-prisao-de-pms-suspeitos-de-homicidio-em-sp.shtml

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