Os 14 agentes acusados da execução de 5 jovens foram considerados inocentes durante o maior julgamento do Paraná
Os réus acusados de execução foram absolvidos no maior julgamento do Paraná. (Foto: Reprodução RICTV Curitiba)
Depois de seis dias chega ao fim o maior julgamento da história do Paraná. Um tenente, dois sargentos e nove soldados foram declarados inocentes no Tribunal do Júri na noite de segunda-feira (9). Os policiais militares eram acusados de assassinar cinco jovens, entre eles três adolescentes, um deles com 14 anos, em setembro de 2009, em Curitiba. As vítimas estavam em um carro roubado e as execuções teriam ocorrido depois de uma perseguição pelo bairro Alto da Glória.
Segundo o advogado de defesa, Claudio Dalledone, a acusação ocorreu porque o caso não foi averiguado corretamente. “Nós não tivemos uma apuração séria e durante esses seis dias nós conseguimos exibir isso’, disse.
Esse foi considerado o maior julgamento da história do Paraná porque nunca tantos réus e testemunhas foram arrolados em um só processo. No total quatorze policiais foram acusados, mas um deles morreu antes do julgamento acontecer.
Familiares de dois dos mortos e promotores de justiça não quiseram gravar entrevista. Ainda cabe recurso.
Acusação
Os policiais militares eram acusados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de homicídio por motivo banal, sem chance de defesa e participação em grupo de extermínio. As execuções teriam ocorrido no Parque Atuba. De acordo com Alexandre Ramalho, Promotor e Assistente de Acusação, na ocasião os jovens teriam sido detidos logo após um bloqueio da Ronda Tático Motorizada (Rotam), levados para um matagal e executados pelos policiais. “O que nós temos são provas técnicas de que as vítimas foram presas com vida, encaminhadas rendidas até o Atuba, onde houve um número muito maior de disparos, ouvidos por testemunhas, vizinhas do local”, afirmou.
Defesa
A defesa afirma que o veículo ignorou a ordem de parada, furou o bloqueio da Rotam e acabou batendo em um muro. Logo em seguida, os cinco homens teriam descido atirando contra os agentes e no confronto todos foram atingidos. Os jovens foram encaminhados ao hospital, mas já chegaram mortos. A equipe de Claudio Dalledone também sustentava que não havia provas do deslocamento dos agentes até o bairro Atuba.
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