Edição do dia 05/04/2011
06/04/2011 07h02 - Atualizado em 06/04/2011 07h02 Que executaram rapaz em SP..
Os policiais militares Aílton Vital e Filipe Daniel, estão presos desde o dia do crime e já foram denunciados à justiça pelo Ministério Público pela execução de Dileone Aquino. Eles alegaram que o rapaz resistiu à prisão.

Só agora, mais de 20 dias depois, a família de Dileone Lacerda de Aquino soube como ele realmente morreu.
“A Polícia Militar acabou de entrar com uma viatura aqui dentro do cemitério com uma pessoa dentro do carro, tirou essa pessoa do carro e deu um tiro, eu estou aqui no cemitério das Palmeiras”, disse uma testemunha.
Essa é a gravação da denúncia de uma testemunha que viu quando Dileone, um homem de 27 anos, que já tinha cumprido pena por roubo, foi morto por dois policiais militares.
“Essa situação que nos foi colocada ontem, deixou com que caísse por terra toda e qualquer versão apresentada pela polícia. E se não fosse o ato dessa testemunha, certamente esses policiais não seriam punidos como estão sendo desde a denúncia”, fala um familiar da vítima.
Os policiais militares Aílton Vital e Filipe Daniel, estão presos desde o dia do crime e já foram denunciados à justiça pelo Ministério Público pela execução de Dileone. Eles alegaram que o rapaz resistiu à prisão.
O comando da Polícia Militar diz que no dia 12 março um furgão de uma empresa de produtos de beleza foi roubado na zona leste, e policiais da região receberam a informação pelo rádio.
Uma das viaturas perseguiu o ladrão que usou o carro pra arrombar um portão e entrar em um condomínio residencial. Ainda de acordo com o comando da PM, o ladrão desceu do carro e trocou tiros com os policiais.
Testemunhas dizem que ele não atirou. O homem foi capturado pela polícia e naquele momento, dizem as testemunhas, ele tinha apenas um tiro em uma das pernas.
“Eles já desceram atirando, o moleque não estava armado”, conta uma testemunha.
“Ele ainda falou para os policiais: Senhor, minha perna, minha perna e os policiais falaram pra ele: cala a boca ladrão.
“Saiu vivo daqui, consciente, falando e tudo”, diz a testemunha.
Quem viu tudo já imaginava o fim da história. “Do jeito que ele saiu daqui nós já sabíamos que a vida do moleque já era”.
http://g1.globo.com/jornal-da-globo
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